Oposição inconsequente prejudica os moradores de Japeri

O vereador Cezar Melo (a direita) preside a Câmara e conduz a oposição. Candidato a vice-prefeito, comandou a aprovação do aumento dos salários dos que serão eleitos em outubro

Mesmo com dinheiro em caixa a Prefeitura não pode comprar remédios nem merenda escolar

Na próxima segunda-feira o município de Japeri deverá amanhecer com todos os postos de saúde fechados e sem coleta de lixo. Além disso, a volta às aulas na rede municipal de ensino poderá sofrer atraso. A informação foi passada agora a pouco pelo prefeito Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor. Segundo ele, há dinheiro em caixa para a compra de remédios e insumos para garantir o atendimento à população, assim como os recursos necessários para a aquisição de merenda escolar e pagar pelo serviço de limpeza pública, mas nenhum centavo poderá ser usado para essas finalidades porque a Câmara de Vereadores está se recusando a aprovar a suplementação de verbas no orçamento. “Dinheiro é uma coisa e verba outra muito diferente. Temos os recursos, mas não a verba, pois esta precisa ser suplementada. A recusa em aprovar a suplementação se dá por perseguição a mim. Os vereadores, para me atingir, estão prejudicando toda a população”, afirmou o prefeito.

Presidida pelo vereador Cezar Melo – candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Carlos Moraes Costa – a Câmara Municipal aprovou no dia 28 de julho o aumento do salário dos vereadores que, a partir de janeiro, passarão a receber R$ 10.500 mensais, desconsiderando que Japeri é o município mais pobre da Baixada Fluminense. Na mesma sessão os membros da Casa reajustaram os salários do prefeito e do vice a serem eleitos em outubro, além dos vencimentos dos futuros secretários. Com a decisão o próximo prefeito vai receber R$ 23.772,00 por mês, o vice R$ 19.500,00 e os novos secretários R$ 10.500.

Para o prefeito Ivaldo Barbosa a população sofreu em menos de um mês dois duros golpes por parte da Câmara Municipal, o aumento dos vencimentos e a recusa em aprovar a suplementação. “Os membros da Casa não precisam gostar de mim. Que me afetem do jeito que acharem que mereço, mas não podem se recusar a aprovar a suplementação da verba necessária para o abastecimento das redes de saúde e de educação. Isso afeta exatamente os japerienses que mais precisam e não a mim”, concluiu Timor.

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