Contratos sob suspeita serão cancelados em Silva Jardim

Operação limpeza iniciada pelo MP deverá ser concluída com anulações de licitações

Pelo menos dois contratos de prestação de serviços assinados pela Prefeitura de Silva Jardim a partir de processos licitatórios colocados sob suspeita pelo Ministério Público, poderão ser cancelados nos próximos dias, não pela vontade própria do prefeito Anderson Alexandre, mas por “livre espontânea pressão” da lei. Um dos contratos é o que tem como objeto o serviço de coleta de lixo, firmado com a empresa FGC Pavimentação e Construção Civil, que está há cinco meses sem receber. De acordo com uma fonte do próprio governo, o atraso na quitação das faturas se deve a pareceres contrários da Procuradoria e do Controle Interno, sugerindo a anulação do contrato. O segundo é o que tem como objeto a locação de máquinas, assinado com a empresa Construtora Heringer.

Abalado desde a operação feita na Prefeitura pelo Ministério Público, no dia 15 de abril, o prefeito Anderson Alexandre, estende a fonte, estaria buscando solucionar os problemas acumulados desde sua posse (em 1º de janeiro de 2013), um festival de trapalhadas que está sendo atribuído à “colaboradores despreparados ou mal intencionados”, que acabou por deixá-lo em situação de grave risco. “Muita gente aconselhou o prefeito, orientou que ele abrisse os olhos e ficasse esperto com os `sabichões´ que foi buscar em Rio Bonito e Nova Friburgo, mas de nada adiantou. Agora ele vai ter que passar um pente fino em tudo se quiser se manter no mandato”, completou a fonte.

Responsável por várias denúncias ao Ministério Público e autor de duas ações judiciais contra o governo, o vereador Robson Azeredo pretende convocar, já na próxima semana, os responsáveis pelas duas empresas, a secretária de Administração, Sheila Moreth Trugilho e o ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação e atual subsecretário de Administração, Glauco Moraes de Azevedo, para prestarem esclarecimento na Câmara Municipal. Robson apresentou requerimento para que lhe fossem enviadas cópias de inteiro teor de vários processos licitatórios, que para ele estão “viciados”, por conta da não divulgação correta dos editais. Sobre a contratação da empresa Heringer ele suspeita que houve uma ação entre amigos, pois o vereador recebeu denúncia de que teria sido feita uma doação financeira no valor de R$ 500 mil para a campanha eleitoral do hoje prefeito, valor que não aparece na prestação de contas do então candidato Anderson Alexandre. 

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