Parto normal é normal na Baixada

Unidade de Mesquita só faz cesariana se realmente necessário

Quando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que se promova o parto normal é deixada de lado na maioria das maternidades do país, uma unidade da Baixada Fluminense se destaca pelo bom exemplo: cerca de 90% dos partos realizados no mês passado foram normais, sendo que em um só dia 31 crianças vieram ao mundo dessa forma. O exemplo é dado pela equipe de multiprofissionais do Hospital da Mãe de Mesquita, que, no último dia 15,  comemorou um recorde de nascimentos na unidade, onde foram realizados 36 partos, sendo apenas cinco cesarianas e nenhum problema registrado.

Estes dados refletem a importância que o hospital tem para a população da Baixada Fluminense, não só pelo quantitativo de atendimentos, que ultrapassa a marca de 8.400 partos realizados, mas pela consolidação da cultura da assistência humanizada, onde as gestantes contam com toda a estrutura necessária para realizar um pré-natal saudável, com acompanhamento de médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas e são incentivadas a realizar o parto normal, dispondo de recursos não farmacológicos para alívio da dor, entre eles, massagem, exercícios de fisioterapia, respiração e caminhada. Desde a sua inauguração, em junho de 2012, a unidade é a principal referência para atendimento de gestantes e bebês de baixo risco nesta região.

“O Hospital da Mãe, através da dedicação e compromisso da sua equipe e gestão adotada, está modificando a forma de nascer na Baixada Fluminense. Registrar 36 nascimentos, com apenas 13,8% de cesarianas, mais da metade das pacientes utilizando métodos não farmacológicos para o alívio da dor e nenhum desfecho negativo para mães e bebês, reflete não só a qualidade da assistência prestada às nossas parturientes, mas uma mudança dos paradigmas acerca da assistência ao parto”, comemora o coordenador de obstetrícia da unidade, Philippe Godefroy.

Uma das mães que deu à luz no dia 15 de abril foi a dona de casa Mara Fabiano, de 23 anos. Davi Lucas nasceu às 12h14 e vem sendo amamentado desde a primeira hora de vida. “Quando tive minha primeira filha há quatro anos fiz cesárea. Desta vez, tive a oportunidade de fazer parto normal, com a ajuda da equipe do hospital me orientando nos exercícios que diminuíram a dor. Percebo a vantagem na minha recuperação, por ser mais rápida. Assim, pude ficar perto e cuidar do meu bebê desde as primeiras horas do seu nascimento”, afirma Mara.

Comentários:

  1. A melhor forma de nascer é via parto normal. Os médicos preferem a cesareana porque beneficia a eles mesmos, pois pode ser agendada e é é um procedimento maus rápido.

  2. Olá, Elizeu Pires. Sou mãe de três filhos, todos de parto normal. Quando do nascimento do meu terceiro, há sete anos, minha médica insistiu por uma cesariana. Eu disse não.

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