E as praças deixaram e ser do povo em Valença

Agora são das cobras e dos escorpiões

“A praça é do poço como o céu é do condor”. Se Castro Alves vivo fosse e buscasse inspiração em Valença, cidade do interior fluminense e não aquela a Bahia, estado onde o poeta nasceu, talvez cantasse uma triste realidade: “A praça é das cobras e dos escorpiões…” É que sem saúde e com educação precária, os moradores de Valença estão também, aos poucos, ficando sem suas praças, pois os logradouros públicos buscados pela população em momentos de lazer, estão abandonados. Apesar das muitas promessas de obras e reparos, nada foi feito desde que o prefeito Álvaro Cabral (PRB) assumiu o governo, tendo ele esquecido até mesmo a que ele inaugurou em sua primeira gestão.

Mato alto, lixo espalhado, cerca depredada e o risco de acidente por animais nocivos são apenas alguns dos problemas vistos na Praça Portugal, no Bairro de Fátima. Inaugurada no primeiro mandato de Álvaro Cabral, em 1995, em total abandono, ela é o retrato fiel de uma administração desastrosa.

Ronaldo Lamblet, presidente da Associação de Moradores do bairro, conta que há um ano e cinco meses a praça encontra-se em estado precário. Ele conta que as crianças já não podem brincar no espaço,  pois o risco de acidentes de naturezas diversas é iminente. Outro risco corrido pela população é que à noite muitos jovens invadem o espaço para o consumo de drogas e bebidas alcoólicas.

Outra praça onde o descaso e o abandono são visíveis é a do bairro São José das Palmeiras. Postes sem luz, mato alto, bancos quebrados, mau cheiro gerado pelo lixo espalhado, presença de cobras e escorpiões revelam a negligência do poder público. O morador Carlos Augusto Menezes conta que à noite jovens fazem uso de drogas na praça, o que preocupa os moradores pela falta de segurança no bairro.

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