Outros na mesma situação foram demitidos
Uma portaria emitida pelo prefeito de Araruama, Anderson Moura, afastando “provisoriamente e cautelar” Paulo Cesar Freire dos Santos, do cargo de assessor especial lotado em seu gabinete, está chamando a atenção, para o que está sendo visto como “uma manobra para um possível silenciamento”. É que Paulo, que era membro da comissão de licitação da Prefeitura, está numa lista de investigados pelo Ministério Público por supostas fraudes em licitações e contratos, mas é o único mantido na folha de pagamento. Os demais foram demitidos pelo prefeito, que alegou que esses estão sedo investigados e existe uma decisão judicial determinando o afastamento deles dos cargos que ocupavam. Entretanto, a decisão é a mesma em relação a Paulo Cesar. Nela a Justiça determinou o afastamento cautelar, mas sem o corte de salário dos que Anderson demitiu, uma vez que se trata apenas de um inquérito e não de uma ação transitada em julgado.
A portaria chamou a atenção até de assessores diretos do prefeito. “Se ele demitiu os demais que tem o direito de permanecerem recebendo os salários, deveria fazer o mesmo como o Paulo, que apesar de ter sido nomeado como assessor especial, trabalhava era no setor de licitação, estando envolvido diretamente em todos os pregões, licitações e concorrências que aconteceram a partir de 1º de janeiro do ano passado. Pegou mal essa proteção”, disse um membro do governo, que tem se mostrado preocupado com algumas posições de Anderson, como a de nomear para o cargo de secretário de Saúde uma pessoa que está na “lista negra” do Tribunal de Contas do Estado, tendo o nome mencionado em 57 processos.
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O prefeito deve ter lá seus interesses e manter o salário desse assessor que deve ser mesmo muito especial.
Boa especial nisso. Deve ser o gênio das licitações, imprescindível nesse tipo de administração.