Helil Cardoso e o vice Audir Santana serão afastados assim que a decisão for publicada Diário de Justiça Eletrônico
Em decisão tomada por unanimidade no início da noite de ontem, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), decidiu pela manutenção da cassação do prefeito de Itaboraí, Helil Cardoso (PMDB), que – junto com o vice-prefeito Audir Santana – fora sentenciado com perda de mandato em agosto do ano passado pelo juízo de primeira instância, decisão mantida pela corte colegiada em março deste ano, mas suspensa pelos embargos impetrados pelos advogados do prefeito. No julgamento desta quarta-feira a corte colegiada acolheu os embargos, mas sem os efeitos infringentes, não modificando a sentença que condenou os dois por abuso de poder político e econômico. O prefeito e o vice ainda poderão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas terão de fazer isso fora do cargo, pois, segundo o TRE-RJ divulgou logo após o julgamento, deverão ser afastados assim que o acórdão for publicado.
A cassação de Helil e Audir ocorreu em agosto de 2014, em sentença proferida pela juíza da 104ª Zona Eleitoral, Lívia Gagliano Pinto. Cardoso foi eleito com 38.917 votos (32,69% dos votos válidos) contra os 37.660 (31,63%) obtidos por Altineu Cortes (PR), que ficou em segundo lugar e é o substituto legal, mas Cortes foi eleito deputado federal no ano passado e o seu vice, Sadinoel de Souza, a deputado estadual.
A juíza entendeu que o prefeito e o vice eleitos em 2012 foram beneficiados por um esquema de mensagens telefônicas informando à população de que a candidatura do então prefeito, Sergio Soares, que disputava a reeleição pelo PP, estava impugnada. Além de crime eleitoral, o esquema de mensagens telefônicas também resultou em assassinato. O esquema de mensagens de texto e de voz foi contratado junto ao empresário Itamar da Silva Júnior, dono de uma empresa de telecomunicações, que acabou assassinado depois de supostamente ter ameaçado revelar o esquema que teria beneficiado Helil. Itamar não recebeu o dinheiro e nem teve tempo de cumprir a ameaça, pois foi sequestrado e morto a tiros no dia 11 de janeiro de 2013.
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O esquema das mensagens foi criminoso em todos os sentidos.
E agora, quem assumirá se os segundo colocado e seu vice agora são deputados?
Se a turma boa lá do TSE não mudar isso teremos enfim visto a justiça acontecer.
A covardia contra o Itamar foi muito grande. Coisa de poltico-bandido´. Infezlizmente gente assim ainda continua dominando nossa cidade.
Um bom advogado com bom trânsito pelos corredores de Brasília pode reverter tudo isso. Dinheiro para contratar um o Helil tem.
Quero ver essa decisão prevalecendo e o Helil caindo fora.
É uma vergonha a justiça em nosso país, já se passaram 2 anos e 7 meses e o processo de cassação do prefeito Helil Cardoso ainda se arrasta pelas mesas dos cartórios e dos desembargadores do TRE. Sem contar que o dito cujo ainda conta com mais um recurso ao TSE, o que lhe permite tentar mais uma liminar que fatalmente lhe garantirá na cadeira até o final do mandato. VERGONHA, não há outra palavra para descrever tudo isso. Enquanto isso, aqui em nossa cidade, esse cidadão paga contratos milionários, com valores muito acima do praticado no mercado e, para isso, exonera e corta gratificação de funcionários sempre com a justificativa da quebra do COMPERJ.