Falta de pulso e palavra atrasa Guapimirim

O deputado Eduardo Cunha teve mais de quatro mil votos na cidade graças ao apoio do “irmão” Marcos Aurélio

Isolamento deixa o município sem representatividade

Apoiado pelo prefeito Marcos Aurélio Dias (PSDC), Eduardo Cunha (PMDB), foi o deputado federal mais votado no município de Guapimirim, onde somou 4.094 votos, mesmo sem nunca ter feito nada pelo município a não ser chamar de irmãos os evangélicos locais. O segundo federal em número de votos na cidade foi Marcelo Matos (PDT), puxado pelo líder pedetista local Zelito Trinquelê e escolhido por 1.090 eleitores. Eleição à parte, nenhum dos dois parece saber ao certo onde Guapimirim fica, bem como os deputados estaduais que mais tiveram votos por lá (Jorge Picciani, 1.129 e Iranildo Campos, 647). Assim, sem representatividade e sem o pulso firme de um governante, o guapimiriense tem de se equilibrar sobre a própria esperança e rezar para que o tempo passe logo, para, então poder eleger um prefeito de verdade, “um governante de pulso e de palavra”, como assim definem líderes partidários locais.

Em 2014, durante uma conversa entre lideranças da região, o prefeito Marcos Aurélio dizia que apoiaria Eduardo Cunha por esse ser um “homem de Deus”, evangélico como ele. Cunha levou os votos, a cidade nada ganhou em troca e ao prefeito restou a vergonha de ver seu “irmão em Cristo” atolado até o pescoço no mar de lama denominado “Petrolão”, por conta da acusação de recebimento de propinas de empresas contratadas pela Petrobras. Sem “padrinho” em Brasília ou no governo estadual, Marcos Aurélio não recebe ajuda nenhuma e sequer é recebido por lideranças regionais, que não sentem firmeza no prefeito que está a lhes bater à porta.

Buscando novos horizontes, os partidos começam organizar suas fileiras para a disputa eleitoral de 2016. Ontem foi a vez do PSDB mudar de controle no município, com a filiação do ex-vereador Paulo César da Rocha, o César do Modelo, terceiro colocado nas eleições de 2012. Cesar pretende disputar a Prefeitura, mas uma boa conversa pode levá-lo a aceitar uma composição como vice, dependendo de quem seja o cabeça de chapa e dos compromissos firmados.

O atual presidente da Câmara, André Azeredo, também sonha com a Prefeitura, mas quem acompanha de perto as movimentações por lá, apostam que ele preferiria seguir por um atalho, mas há um vice-prefeito no meio do caminho e esse também não faria desfeita se a cadeira de prefeito desse bobeira à sua frente. Mais tranquilo, Jocelito Pereira de Oliveira, o Tringuelê, acredita ser o “bola da vez” e há quem aposte que as coisas podem ficar mais fáceis para ele se o taco for empunhado por um Cesar do Modelo, por exemplo.

“A verdade é que o município está à deriva. Não tem leme e nem comandante, mas sobram imediatos, cada um querendo ser mais capitão que o outro. Tem manda-chuva demais e gestão de menos. Temos um governo sem pulso e sem palavra. Os compromissos não são honrados e assim a coisa vai desandando. Felizmente o ano já está quase acabando e em 2016 vamos ter a chance de escolher um governante de verdade, de pulso e de palavra”, acredita um esperançoso.

Comentários:

  1. Prefeito caloteiro esse Marcos Aurélio, não paga ninguém, não cumpri seus compromissos nem com quem lhe estende a mão quando precisou, essa é a pior marca desse governo, se tem um marco que esse governo vai deixar é esse CALOTEIROS.

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