Escolas continuarão sendo de lata em Rio das Ostras

O prefeito Alcebíades Sabino suspendeu a construção de quatro unidades habitacionais em bairros carentes

Sabino desiste de construir unidades de ensino cancelando quatro empenhos e contratos

Se depender da Prefeitura de Rio das Ostras a empresa Novo Horizonte de Jacarepaguá Importação e Exportação – que na atual gestão já recebeu mais de R$ 3,5 milhões alugando contêineres para serem usados como salas de aula – continuará faturando alto no município. É que, sem dar qualquer satisfação aos moradores do Loteamento Paria Âncora, Extensão Serramar, Jardim Campomar e Residencial Rio das Ostras, o prefeito Alcebíades Sabino dos Santos rescindiu os contratos firmados para construção de quatro unidades de ensino nessas comunidades, no valor total de R$ 5,6 milhões. Os contratos foram firmados em 2014 com a empresa MVC Componentes Plásticos e até o final do expediente de ontem a administração não havia dado nenhuma justificativa para o cancelamento dessas obras.

Segundo os registros financeiros da Prefeitura, até o final do mês passado a empresa que loca os contêineres para a Secretaria Municipal de Educação (que os chama de “salas de aula modulares”), havia recebido R$ 2.176.930,47, montante suficiente para a construção de uma unidade das unidades contratadas, com sobra para equipá-la com o que há de mais moderno no mercado. No ano passado o aluguel dos contêineres custou R$ 411.730,76 e em 2013 o gasto somou  R$ 928.188,01, contra R$ 176 mil em 2012 e R$ 149.012,08 em 2011.

Pelo Contrato  Nº 029/2014, ao custo de  R$ 1.408.161,76, a MVC iria construir uma creche-escola do programa Proinfância na Rua 56 do Loteamento Praia Âncora. Já o Contrato  Nº 030/2014 era para a construção de  Escola Proinfância Tipo B, na Rua 17 da localidade de Extensão Serramar, por R$ 1.409.494,58, enquanto a comunidade do Jardim Campomar ganharia uma unidade semelhante, que seria instalada na Rua Severino Barbosa de Farias, orçada em R$ 1.402.478,40, segundo revela o Contrato 095/2014.  O quarto contrato rescindido é o de número 096/2014, pelo qual, ao preço de R$ 1.401.416,60, outra Escola Proinfância Tipo B iria ser construída mo Residencial Rio das Ostras, na Rua Vinicius de Moraes.

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