Manutenção é o melhor contrato da Águas de Casimiro

A manutenção do sistema do antigo SAAE é de responsabilidade da empresa Onix Serviços

Oposição quer saber como o serviço prestado é fiscalizado pela autarquia municipal

Com mais de R$ 2 milhões empenhados a seu favor entre dezembro de 2014 e o final do ano passado, a empresa Onix Serviços é a maior credora da autarquia Águas de Casimiro, antigo Serviço Autônomo de Água Esgotos de Casimiro Abreu (SAAE), presidida pelo vereador Eliezer Crispim, que deverá retornar à Câmara Municipal em fevereiro. Conforme já foi noticiado, um grupo de oposição só está esperando a saída dele do comando da empresa pública para apresentar pedidos de informações e certidões de inteiro teor sobre contratos firmados com a empreiteira, que embora tivesse sido contratada por mais cerca de R$ 1,480 milhão para construir adutora de água e um reservatório, tem como melhor contrato o de limpeza e manutenção das redes, reservatórios e estações de tratamento, no valor global de R$ 696.654,07 ao ano e que poderá ser aditivado para o exercício e 2016.

 

A Onix, que teria começado a prestar serviços à autarquia na gestão de Eliezer, aponta o Portal da Transparência do antigo SAAE, tem o maior valor total pago pela Águas de Casimiro em pouco mais de um ano, já que o contrato para a construção de um adutora e um reservatório teve o seu custo empenhado no dia 19 de dezembro de 2014. Nos dois últimos anos as despesas empenhadas pela autarquia somam R$ 11.914.957,74 e o total liquidado até 31 de dezembro de 2015, aponta o portal, é de pouco mais de R$ 7, 6 milhões, sendo mais de R$ 2,1 milhões destinados à empreiteira, que ainda tem saldo a receber.

A Ônix Serviços é controlada pelo empresário Alexanderson Miranda, o Alê, genro do ex-prefeito de Silva Jardim, Antonio Carlos Lacerda e ambos foram citados no escândalo denominado “Buraco Negro”, um esquema de saques diretos de dinheiro na Prefeitura de Silva Jardim, denunciado em 2009 e que já gerou várias condenações, inclusive a de Lacerda, que hoje ocupa o cargo de secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico naquele município.

Nas investigações do esquema – que causou um prejuízo de quase R$ 700 mil cofres de Silva Jardim e consistia no empréstimo de dinheiro público a vereadores, fornecedores e membros do governo, que davam cheques pessoais como garantia – apareceu um cheque de R$ 40 mil assinado pelo então prefeito, um de R$ 32 mil emitido pela empresa Notusfarma Comércio de Medicamentos, que seria representada no esquema por Alê. Também foram citados os ex-vereadores Domingos Braga Xavier e Mariano Valviesse da Motta.

 

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