Câmara esconde o jogo sobre servidores cedidos em Macaé

Eduardo diz que cessão de funcionários é acertada particularmente entre vereador e prefeito e que os servidores trabalham para os mandatos e não para a Câmara

Presidente da Casa se nega a revelar à serviço de quem funcionários pagos pelo contribuinte estavam

Quantos servidores efetivos foram cedidos pela Prefeitura de Macaé à Câmara Municipal nos últimos anos, à serviço de quais vereadores estavam e quais funções exerciam? Ao que parece isto só deverá ser respondido pelo presidente da Casa, Eduardo Cardoso, se a Justiça assim determinar, pois nenhuma informação nesse sentido consta do Portal da Transparência do Legislativo e a posição do presidente continua sendo a mesma de setembro do ano passado, quando, questionado sobre o assunto em plenário, afirmou que informaria só a relação dos funcionários cedidos e completou: “Penso que seja o mais apropriado, já que a cessão de servidores do Executivo para o gabinete dos vereadores é feita em negociação direta entre o prefeito e o parlamentar”.

 

A disponibilidade de funcionários da Prefeitura para a Câmara ganhou repercussão negativa na semana passada com a divulgação de que entre os cedidos estariam camareiras e auxiliares de conservação de estradas aprovados no concurso público realizado em 2011 e que nunca teriam trabalhado nas funções para as quais concorreram no processo seletivo. Se a Câmara não revela o quantitativo e a lotação desses servidores a Prefeitura também está deixando a desejar, pois ainda não informou quantos são ao todo e quantos deles se apresentaram ao setor de Recursos Humanos no dia 1º, prazo dado pelo prefeito Aluizio dos Santos Junior para que todos eles voltassem ao trabalho nas funções que deveriam estar exercendo desde o dia em que foram nomeados.

No entendimento do presidente Eduardo Cardoso o prefeito cede o funcionário para trabalhar para o mandato do vereador e não para a Câmara, que não gasta um centavo com eles. Mesmo sem frequência confirmada pelo setor de pessoal da Prefeitura tem o salário pago mensalmente pelo contribuinte, que fica com o ônus dos vencimentos desses servidores sem ficar sabendo em que os cedidos estão contribuindo com o município.

 

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Comentários:

  1. Concordo que o nosso prefeito seja marqueteiro, mas dai a dizer que ele está prejudicando os servidores há uma distância muito grande. Onde está escrito que por ser efetivo o funcionário pode ficar fora da sua função nessas disponibilidades sem trabalhar. Isso é crime e não direito do estatutário.

  2. Quer dizer que aquele faz concurso para auxiliar de manutenção de estradas e logo que convocado fica a disposição de vereador para servir de cabo eleitoral está certo? Você servidores se acham cheios de direitos, mas em muitas vezes esquecem de seus deveres. Se não quer trabalhar para que fez concurso?

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