Militarização estraga as guardas municipais fluminenses

A “bem treinada” e equipada GM do Rio gosta de bater e seus comandantes militares limitam-se em instaurar sindicâncias que não dão em nada. Ja os agentes de Guapimirim contam só com uma viatura sucateada, pois as outras estão paradas

Instituições civis cuja competência geral, pela lei que as regulamenta, é a proteção de bens, serviços, logradouros públicos instalações dos municípios, tem seus agentes treinados para a truculência que a PM costuma empregar quando lhe convêm

Segundo a Lei federal 13.022, o estatuto geral dessas instituições, as guardas municipais são de caráter civil, devem atuar uniformizadas e podem até operar armadas se os prefeitos assim quiserem, pois o dispositivo que trata do uso de armas de fogo é facultativo e não impositivo. Porém, os mesmos governantes que ignoram direitos desses agentes, lhes remuneram mal e não lhes dão condições mínimas de trabalho (como acontece na maioria das cidades do estado do Rio de Janeiro), impõem aos guardas um comportamento influenciado por policiais militares e até por membros aposentados das forças armadas.  O caso de agressão por parte de agentes da GM da Prefeitura do Rio ocorrida na manhã do último sábado, na Praça Mauá, exemplifica muito bem isso. O uso de uma força desmedida e das bombas de gás lacrimogêneo remete aos tenebrosos tempos em que o Batalhão de Choque da Polícia Militar ia para as ruas distribuir pancadas, como se a sociedade fosse uma grande inimiga.

 

O artigo 12 da lei das GMs é muito claro quando faculta aos municípios “a criação de órgão de formação, treinamento e aperfeiçoamento dos integrantes da guarda municipal”, mas deixa cristalino que tal órgão “não pode ser o mesmo destinado a formação, treinamento ou aperfeiçoamento de forças militares”. Estes como outros artigos da Lei federal 13.022 vem sendo solenemente ignorado pelos prefeitos, pois nos quadros das GMs não existem soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores e muito menos coronéis, mas muitas delas são comandadas por PMs de pijama e não é raro achar entre elas um coronel levando influências que já deveriam ter sido banidas há muito tempo.

No município de Guapimirim, por exemplo, os agentes nem carro têm para cumprirem com suas obrigações, mas a corporação é comandada por mão de ferro, não por um oficial aposentado da PM ou das forças armadas, mas pelo sargento do Corpo de Bombeiros José Ricardo Gonçalves da Silva, que acumula ainda as funções de subsecretário de Meio Ambiente e chefia da Guarda Ambiental. Aos agentes da Guarda Municipal de Guapimirim tem faltado tudo e qualquer protesto pode acabar em punição aplicada por um chefe que antes de ser bombeiro sonhava ser policial militar, mas sobram ordem unida e continências para o “oficial” no comando.

Comentários:

  1. A Guarda Municipal tem sido treinada e comandada por uma pessoa competente, o que acontece é que 90 % dos guarda concursados são de fora e não querem trabalhar quando fazem o concurso, sabem do salario da carga horaria e tudo mais, depois quando entram querem comandar e não serem comandados, eles querem ditar as regras, problemas com carros todos os municipios tem, a não ser o municipios grandes, como niteroi, caxias, rio e outros mais, alem do que se os veiculos estao quebrados é graças aos guardas que destroem os mesmos para não trabalharem, esses dias estive na guarda e percebi que os concursados estão trabalhando administrativamente, o comandante tem que rever isso, tem que colocar eles em campo, afinal são concursados para irem pra rua nos proteger e comandar o transito, não para ficar sentado lá dentro fazendo trabalho burocrático, abre o olho comandante, coloca esses guardas nas ruas

  2. Verdade, esses guardas parecem que são donos do mundo, antigamente eramos melhor tratados por eles, agora que trocou todo mundo a coisa vai de mal a pior, dizem que o comando é rigido, mas sempre foi, só que antigamente os guardas eram daqui de guapi, eram mais gentis, tomara que eles vão embora daqui, vaão cantar em outra freguesia. Comandante aperta eles bota pra trabalhar, acaba com essa marra toda deles.

  3. Verdade sobre os carros, eles destroem tudo, enchem o carro e passam a toda pelos quebra molas, tinha que cobrar a manutenção deles, pois estão destruindo o nosso patrimonio, meu dinheiro não é lixo, se colocar eles para pagarem o conserto aí eu quero ver. Depois dizem que os carros estão acabados, engraçadinhos

  4. Respondendo ao jony, se fizeram graças ao comando, pois por eles nem trabalhar eles vem, basta ver eles nos pontos onde ficam e iremos deparar com eles sempre no zap, de cara feia ou de mal vontade, ou de conversa fiada um com o outro, quanto a guarda antiga não dá nem para comparar, eram fieis ao trabalho faziam com gosto não de mal vontade. esses que estão aí se achão, pensam que são policiais, pois agem como se fossem

  5. Infelizmente muitos comentários não procedem, primeiro pelas viaturas, todas vieram cedidas da pm, ou seja, são sucatas herdadas pela pm, O comandante é operacional, mas concordo com o comentário de um amigo, o administrativo não presta, é ruim e está fadado ao fracasso, vai acabar derrubando o Ricardo o quanto antes ele pensar, devem ir para rua e chamar os concursados que fizeram para o cargo de administrativo, agora os guardas atuais como dito, tem feito apreensões, recuperação de veículos, visitas nas escolas, mas há de convir que tem uns guardas que não merecem esse rótulo, são servidores e por sinal dos piores, haviam contratados muito melhores, mas há guardas compromissados, são minorias, sim são, mas honra o uniforme; agora uma coisa temos que reconhecer, há munícipes muito mal educados que acham que o modelo atual é o mesmo da gestão anterior, aí vai acabar na cadeia como muitos; mas acredito que é por falta de conhecimento.

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