Aos doutores de Macaé

Porque o limite é a lei

Minha caixa postal amanheceu hoje atulhada de mensagens de leitores de Macaé se apresentando como servidores temporários lotados nas unidades do Programa Saúde de Família, em cargos de provimento efetivo para quais foi realizado um concurso público no ano passado. Numa delas uma médica faz um desabafo e me pede para “informar de verdade” e não pela metade. O problema é que a verdade que ela quer ouvir (ler aqui) bate de frente com a lei que, diga de passagem, não é de minha lavra, pois sou jornalista e não legislador. Ela diz que tem um currículo e tanto e que consegue emprego “em qualquer lugar do mundo”, mas se sente injustiçada por ter de deixar o emprego depois de oito anos de contrato. Isso é um direito dela e eu respeito, mas preciso deixar claro que currículo é uma coisa e direito ao cargo é outra muito diferente, pois o emprego de médico no serviço público – independente da especialidade e do currículo e tanto – diz a lei, é de provimento efetivo e assim sendo tem de ser conquistado através de concurso público (repito, não fui eu quem fez a regra desse jogo).

Quando noticio um fato estou exercendo o meu dever de informar. Dou a notícia. Não a faço. Na matéria “Macaé terá de convocar aprovados para PSF”, veiculada ontem, dei a informação precisa e documentada. O concurso foi legal, existem as vagas e essas, por lei, são dos nele aprovados, segundo entende o Ministério Público Federal. Essa notícia desagradou a muitos, eu sei, mas não poderia informar diferente, pois assim estaria desinformando, faltando com a verdade. Lamento que essa doutora e outras centenas de pessoas venham perder seus empregos, mas não serão algumas linhas por mim escritas que vão mudar essa realidade.

Sobre esse assunto, que – creio – está muito perto do fim, voltarei a falar amanhã pela manhã com mais informações numa matéria que certamente vai desagradar ainda mais, mas nada posso fazer, pois não posso moldar a informação para que ela se encaixe na vontade de quem a estiver lendo. Abraços a todos e fiquem com Deus.

Comentários:

  1. Boa tarde Elizeu! Obrigado por nos informar sobre as notícias relativas ao concurso PSF MACAÉ. O que posso falar sobre o mesmo é que milhares de pessoas se dispuseram a fazer o concurso, como acontece em todo concurso. Algumas foram aprovadas dentro do número de vagas estabelecido pelo Edital e outras não, portanto todos tiveram as mesmas possibilidades, mas alguns por dedicação e outros fatores conseguiram aprovação e outros não. Agora o que não dá para aguentar são esses contratados acreditarem que possuem vaga cativa/estatutária. Esperamos ansiosos pelo fim dessa novela, que todos nós sabemos muito bem o porque da defesa pela manutenção dos contratados.

  2. Na Audiência Pública relativa ao certame havia sido dito pelo Procurador Municipal que bastaria o parecer favorável do MPF para homologação do concurso PSF 2012. Bem, o parecer já foi dado, e agora ficamos sabendo que a homologação só virá após o parecer favorável do MPE! Sem palavras………….

  3. Queria saber o que esse jornalista tem a ver com essa história. O cara é do Rio de Janeiro e fica se metendo aqui. Deixa a gente em paz, pois temos direito sim a essas vagas, pois trabalhamos a muitos anos, com a renovação a casa ano. Se antes o MPF e esse Elizeu não se metiam porque estão se metendo agora.

  4. ESSA ENFERMEIRA REVOLTADA DEVERIA TER USADO O TEMPO QUE FICOU CONTRATADA PARA ESTUDAR, INCLUSIVE PORTUGUÊS, JÁ QUE DIZ QUE “A MUITOS ANOS” TRABALHA COMO CONTRATADA…CONSTITUIÇÃO FEDERAL, SE EU NÃO SIGO NÃO TENHO MORAL DE COBRAR NADA DE POLÍTICO NENHUM..A FÓRMULA É SIMPLES: PRESTAR CONCURSO PÚBLICO+APROVAÇÃO= FUNCIONÁRIO PÚBLICO…QUER MAMAR A VIDA TODA NO ERÁRIO ..VAI COMPRAR UM BOI!

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