Vítimas da incompetência ou da má fé?

Se Belford Roxo e Nova Iguaçu recolhessem o lixo os danos seriam menores

As cidades de Belford Roxo e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estão entre as que mais danos sofreram com as chuvas que desabaram sobre o estado do Rio de Janeiro na semana passada, desalojando milhares de pessoas, causando mortes e destruição. Entretanto, segundo o engenheiro José Henrique Fontelles, os efeitos do temporal poderiam ser bem menores se as prefeituras fizessem, com regularidade, uma coisa muito simples: recolher o lixo das ruas. Juntos os dois municípios estão gastando atualmente cerca de R$ 5 milhões mensais com esse serviço, mas a população reclama que a coleta é péssima. Em alguns bairros de Nova Iguaçu, por exemplo os caminhões de coleta demoram até 15 dias para passar.

Apontada como a cidade mais suja da região, Belford Roxo tem bairros que podem ser confundidos com lixeiras. Os pontos mais críticos estão ao longo da Avenida Joaquim da Costa Lima, entre os bairros Santa Amélia e Lote XV. No município de Nova Iguaçu o lixo se acumula nos bairros cortados pela Avenida Abílio Augusto Távora, a Estrada de Madureira e nas vias públicas de Comendador Soares e Austin. O fato é que a tragédia mostra que os prefeitos Adenildo Braulino, o Dennis Dauttmam e Nelson Bornier não estão fazendo o dever de casa.

No município de Belford Roxo os bairros mais atingidos foram exatamente os cortados pela Avenida Joaquim da Costa Lima (Santa Amélia, São Bernardo, Parque São Vicente e Lote 15), os mais prejudicados pela falta de coleta de lixo, embora a Prefeitura esteja gastando cerca de R$ 2 milhões por mês com o que o prefeito chama de serviço de limpeza urbana. No Parque São Vicente o lixo é acumulado nas margens das vias, porque por lá a coleta nunca é feita.

Para uma cidade que gasta cerca de R$ 3 milhões por mês com a coleta de lixo, o município de Nova Iguaçu era para ter sofrido menos com as chuvas, mas o que o prefeito Nelson Bornier nomina como serviço regular, está muito distante de ser do jeito que ele fala e de custar o que efetivamente tem custado aos contribuintes.

Quando assumiu a Prefeitura, em janeiro desse ano, Bornier denunciou que, na gestão anterior a prefeita Sheila Gama gastou mais de R$ 100 milhões em contratos emergenciais com as empresas Greem Life, Lipa, Delta e Locar, mas deixou cidade imunda ao sair do governo. A gestão agora é outra e o problema continua, pior ainda, a coleta não feita de forma eficaz nem nos bairros considerados nobres.

Nessa terça-feira o prefeito de Nova Iguaçu estará em Brasília para pedir recursos diretos. Quer que a terceira fase do Projeto Iguaçu – criado para dragar e desassorear os rios que cortam a Baixada Fluminense – seja iniciada o mais rápido possível. A preocupação de Bornier é com o Rio Botas, o maior causador de estragos nas duas cidades. Esse projeto, entende o prefeito, resolveria 75% dos problemas das enchentes em Nova Iguaçu, mas quanto ao fato de sua gestão não conseguir fazer uma simples coleta de lixo nada foi dito e o prefeito que tanto criticou a coleta de lixo na gestão de sua antecessora, é o mesmo que não melhora o serviço e está trazendo de volta a empresa Greem Life.

Comentários:

  1. Essa Emlurb é pura sacanagem. Todo contrato feito por ela deveria ser investigado. A coleta de lixo em Nova Iguaçu, em todos os sentidos, envolve muita sujeira.

  2. Em Nova Iguaçu temos obras OPS!!!! placas anunciando obras por toda parte e nem um ser vivo ou máquina trabalhando. Aqui em lagoinha tinha uns caras da coleta de lixo pedindo dinheiro pra cervejinha não é caixinha de Natal não é durante todo o tempo, cortei logo minha casa não é o Santander eles já são pagos pela prefeitura.

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