Primo do ex-prefeito André Monica, o empresário Carlos Castanho, detentor de vários contratos com a Prefeitura de Araruama na gestão de André, em pelo menos um deles teria recebido dinheiro da Prefeitura por produto vendido e não entregue. Pelo menos é o que revelam apontamentos negativos contra a empresa Comercial Castanho, em parecer técnico do Ministério do Desenvolvimento Social, que enviou recursos ao município para garantir a distribuição de cestas básicas através do Projeto de Estruturação da Rede de Serviços de Proteção Social Especial.
De acordo com uma auditoria feita no programa, a empresa teria recebido de R$ 120.986,16, sem, entretanto, entregar o que fora comprado. A Comercial Castanho teria sido a principal fornecedora do município em projetos sociais com verba repassada pelo governo federal e a falta da entrega de produtos pagos não teria sido a única irregularidade encontrada. De acordo com a auditoria, o prefeito André Mônica fez as despesas e os pagamentos fora do prazo determinado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, além de ter usado a verba específica para custear despesas que não estavam previstas no convênio firmado entre a administração municipal e o ministério.
Ainda de acordo com a auditoria não há nenhum nexo entre as notas fiscais apresentadas pela Comercial Castanho com os valores pagos pela Prefeitura com a verba repassada através do convênio. Essas irregularidades são consideradas gravíssimas e podem configurar ato de improbidade administrativa por parte do prefeito André Mônica e Castanho. O empresário e o ex-prefeito poderão ser incursos no mesmo crime atribuído ao prefeito Miguel Jeovani, que desde o dia 28 de janeiro, está afastado do cargo por conta de denúncia apresentada ao Ministério Público pelo empresário Carlos Castanho.
Nesse caso, Elizeu, é o sujo falando do mal lavado.
Na gestão de André era tudo na base da ação entre amigos.