Elizeu Pires
Saúde é um direito de todos, mas em muitos municípios da Baixada Fluminense a realização de um simples exame é condicionada ao pedido a um vereador, para que ele consiga a marcação do dito cujo junto à Secretaria de Saúde. Em Nova Iguaçu, segunda maior cidade da região, o trâmite político-burocrático teria ganho mais uma exigência. Alguns líderes comunitários reclamam que agora seria preciso pegar o “autorizo” do deputado Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, através de uma “liderança dele”, um desses cabos eleitores sustentados pelo dinheiro público, que se apresentam como “assessores”.
Desde o dia 10 de maio que a Secretaria Municipal de Saúde está sob o comando indireto do deputado, que vinha pleiteando a substituição do médico Manoel Barreto, que caiu para cima assumindo a Secretaria de Governo. Barreto deu lugar ao médico ortopedista Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, muito conceituado na Baixada Fluminense, mas apontado por vereadores e lideranças comunitárias como “braço de Luizinho” no setor.
Além do “bate cabeça” relatado por lideranças comunitárias, acumulam reclamações sobre o esquema de vacinação na cidade. “O que antes vinha correndo bem”, protestam, “já começou a dar problema”.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.