Onde estão os remédios, prefeito?

Marcos Aurélio precisa explicar mais essa situação

Mesmo com repasse específico de mais de R$ 6 milhões para o setor de Saúde a Prefeitura de Guapimirim deixa pacientes sem medicamentos

Dia desses uma paciente do Centro de Atenção Psicossocial ameaçou tirar a roupa na recepção da Prefeitura de Guapimirim. Estava revoltada com a falta dos medicamentos dos quais ela depende para ter uma vida normal. Havia quatro dias que a paciente tinha tomado a última dosagem que lhe restava, mas essa realidade parece não incomodar em nada ao prefeito Marcos Aurélio Dias e ao secretário de Saúde Claudio Menezes, pois pelo menos até o fim do expediente desta terça-feira os remédios de uso contínuo não tinham sido distribuídos, segundo relatos de funcionários que estão revoltados com a situação. De acordo com os mesmos servidores, além dos remédios, que tem recurso financeiro garantido todos os meses pelo Fundo Nacional de Saúde, também tem faltado alimentação, piorando ainda mais o quadro dos que dependem da Saúde Pública de Guapimirim.

 

Além dos recursos financeiros necessários (só no exercício do ano passado o FNS repassou mais de R$ 6,2 milhões ao município), a Prefeitura de Guapimirim tem um fornecedor garantido, a empresa Sigmamed Distribuidora, que tem como endereço a Quadra 2 e o Lote 9 da Rua Bom Sucesso, no bairro Vila Canaã, em Duque de Caxias. A Sigmamed aderiu a Ata de Registro de Preço Nº 091/2015, assumindo a responsabilidade de abastecer a Secretaria Municipal de Saúde durante 11 meses, pelo valor global de R$ 1.228.232,86. Se o dinheiro existe e o fornecedor também, resta saber onde está indo parar os medicamentos que deveriam ser distribuídos na rede municipal de Saúde.

De acordo com dados do Fundo Nacional de Saúde o município de Guapimirim recebeu repasses no total de R$ 6.215.570,97 durante o ano passado, sendo R$ 471.610,15 para o programa de Vigilância em Saúde, R$ 3.046.594,35 para atendimento de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, R$ 239.200,00 para investimento, R$ 2.212.626,12 destinados a atenção básica 2.212.626,12 e R$ 245.540,35 para assistência farmacêutica. Ainda segundo os registros do FNS, os repasses para o setor de Saúde de Guapimirim nos três primeiros meses deste ano somaram R$ 2.175.233,54.

 

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Comentários:

  1. Concordo plenamente com você, pois minha mãe também depende da medicação e eles não tem fornecido, sendo que o dela é de PROCESSO JUDICIAL.
    Ela é dependente de Insulina, e por falta desta medicação, tem acarretado outros sérios problemas na saúde dela.
    Uma vergonha esse governo.

  2. Ontem fiquei parte do dia no hospital de Guapimirim e fiquei horrorizada com as condições. Primeiro as médicas aguerridas estavam atendendo de máscaras o que me levou a pensar em um quadro de H1N1 o que logo foi desconsiderado e descartado devido o forte cheiro de esgoto que era exalado na sala em que as mesmas trabalhavam. Depois uma mãe teve que retornar a pediatra pois o xarope receitado estava em falta. Depois um homem não pode tomar uma injeção de benzetacil porque o hospital não possuía nenhuma dose. Fora a superlotação de um setor de emergência que já não comporta o número de moradores do município. Cadê a verba da saúde?

  3. Bom dia
    Já tem mais de dois meses, que não tem losartana na farmácia, tem um que deve ter uns seis meses, nem lembro o nome, faz tanto tempo que não tem

  4. Guapimirim tem uns quatro prefeito e nenhum governo. Hoje mandam o Marlon, o forasteiro do Rui Aguair, a mulher do prefeito e o Marco Aurelio. Bagunça geral

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