Dos efeitos da palavra maldita (uma reflexão de domingo)

“Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade”. O que o pensamento da poetisa portuguesa Flor Bela de Alma da Conceição Espanca (seu nome de batismo) tem a ver com o assunto sobre o qual vou convidá-los a refletir agora? Muito, pois há alguns dias surgiu nos corredores do poder em Magé (terra do “ouvi dizer”, do “andam dizendo por ai” e do “estou sabendo que…”) um boato covarde e absurdo que poderia ter destruído a vida de um respeitável senhor, homem de integridade impar e demolido o que uma jovem dedicada a seu trabalho vem buscando construir.

Foi algo, que, inclusive, me tentaram “vender” como verdade absoluta e até me desafiaram a veicular, como se aqui tivéssemos tempo a perder com fofoca ou com quem em vez de trabalhar fica inventando besteiras sobre a vida alheia, com o intuido de derrubar quem não lhe dá moleza ou lhe exige seriedade e dedicação ao trabalho. O pior minha gente, é que esse desafio para que déssemos eco a essa maldade, veio de pessoas com grande responsabilidade social.

O que fora criado por uma mente voltada para o mal, já disse, poderia ter um efeito devastador se noticiado como o seu criador pretendeu, iria gerar grandes consequências também ao autor do boato, mas feriu gravemente o setor de onde isso saiu, pois deixou claro que grande parte (digo isso porque a “notícia” me foi enviada por vários profissionais dessa área) não está interessada em trabalhar, em honrar os cargos que ocupam, dignificar a profissão que exerce. Evidenciou que essa gente não tem escrúpulo algum e que não pensará duas vezes antes de inventar uma situação para derrubar, da forma mais covarde possível, quem lhes atravessa o caminho.

Aqui trabalhamos com o interesse público. A vida pessoal não encontra espaço no elizeupires.com, muito menos a fofoca, a maledicência. Temos compromisso com os fatos, com a verdade e a isso nos ateremos sempre. Ao inventor dessa inconsequência e aos que cuidaram de sair espalhando-a por aí, deixo um pensamento de Sócrates, que cai como uma luva: “Aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará.” Também fica aqui o que Mahatma Gandhi nos falou um dia sobre coisa parecida: “Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio”.

Tenham, todos, um bom domingo na graça do Grande Pai. Fico por aqui e volto amanhã, às 8h em ponto, se Ele assim me permitir.

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