Elizeu Pires
Durante mais de 30 anos Magé descartou resíduos sólidos num lixão localizado em Bongaba, na entrada de Piabetá e as autoridades nunca demonstraram preocupação com isso. Em 2010 a área passou por obras de remediação e proteção para impermeabilização do solo e foi transformada em aterro sanitário, depois em Central de Tratamento de Lixo.
O que foi feito para amenizar os danos ambientais parece é ter despertado as autoridades. Na véspera do Natal o Instituto Estadual do Ambiente resolveu interditar a área que vinha sendo usada como estação de transbordo, e o resultado é desastroso: ruas sujas com a coleta deficiente.
Na manhã deste sábado (26) o prefeito Rafael Santos de Souza, Rafael Tubarão, esteve na sede do Inea, e como forma de repúdio a interdição do aterro sanitário despejou um caminhão de lixo na porta da instituição.
“Tomamos as medidas cabíveis e estamos retomando a coleta parcialmente. Entramos com ação durante o plantão do judiciário e estamos a guardando uma resposta rápida”, afirmou o prefeito.
Então os fins justificam os meios? Não se pode cometer crimes para protestar. O Prefeito cometeu um crime ambiental e péssimo exemplo para Magé. Os profissionais sem décimo terceiro tinham que ir na casa do Prefeito e pegar arroz, feijão para se alimentarem, já que os fins justificam os meios.
Esqueceu também de assinar um cheque para os contratados que tiveram seus contratos encerrados dia 15. Esqueceu de mencionar que o município está sem coletores. Desviando o foco dos desvios que cometeu.