Tribunal de Justiça volta a firmar posição contra anulação de concurso realizado em 2012 pela Prefeitura de Rio das Ostras

Elizeu Pires

Por unanimidade, os desembargadores que integram 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, ratificaram acórdão de fevereiro de 2020, da decisão que tornou inválido o Decreto nº 762/2013 baixado pelo então prefeito Alcebíades Sabino para anular o VI Concurso Público de Rio das Ostras, realizado 2012.

A confirmação deixa a administração municipal em situação difícil, pois mesmo já conhecendo da sentença decisão o prefeito Marcelino Borba, o Marcelino Borba, determinou a realização de outro certame. A Prefeitura estava recorrendo e não podia ignorar os riscos que corria de perder a questão e ser obrigada a convocar os aprovados.

Acórdão para lá, embargos para cá, a Prefeitura ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas, de acordo com entendimento de alguns advogados, o máximo que poderá conseguir é ganhar tempo.

Manobra para contratos temporários – Para anular o concurso de 2012, que foi aberto para preencher cerca de 3.500 vagas, o prefeito Alcebíades Sabino dos Santos alegou a existência de irregularidades e usou como argumento um termo de ajuste de conduta firmado com o Ministério Público, TAC que também foi anulado pela decisão judicial.

Para muitos, entretanto, o Decreto nº 762/2013 foi emitido para deixar as vagas disponíveis para contratações temporárias de pessoas indicadas por vereadores do bloco de sustentação na Câmara e por aliados.

 “… Deve ser reconhecida a nulidade da decisão administrativa de anulação do VI Concurso Público de Rio das Ostras e, por consequência, do Decreto Municipal nº 762/2013 e do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)”, diz um trecho do acórdão, prosseguindo com o provimento do recurso para declarar que o município deve “dar prosseguimento (ao concurso de 2012), em suas etapas restantes, sendo que, por via de consequência, deverá a mesma municipalidade suspender o novo certame que inaugurou, sob pena de causar prejuízos aos candidatos desse novo concurso”, diz um trecho do acórdão de fevereiro do ano passado, confirmado por unanimidade no último dia 22.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Rio das Ostras.

Comentários:

  1. O que eu quero são os meus direitos garantidos!! Infelizmente os políticos da época não exerceram com lisura os seus mandatos olhando mais para seus interesses ( bolsos) do que para os cidadãos de bem! Cidadãos esses que pagam seus impostos, e ainda com muito sacrifício fizeram o concurso, passaram, se classificaram e ficaram aptos. A justiça foi feita e cabe agora cumpri-la!!!

  2. Minha esposa estudou muito. Fez investimentos altos para ser aprovada. E lamentavelmente, como é de praxe, por alguns nesse Brasil, pensaram somente em seus interesses pessoais, e optaram em deixar um vácuo no coração e nos sonhos das pessoas. Mas deixa eu falar algo bem baixinho, para aqueles q se acham poderosos ou deuses: Todos os vossos atos estão sendo contabilizados no cartório celestial. Deus não sofre de amnésia. No dia do julgamento não haverão instâncias superiores para recorrerem. Minha esposa ficou muito mal. Tinha colocado toda esperança nesse concurso. Devido a idade, o mercado não aceita mais. Ainda bem q dependemos de governos para sobrevivermos. Caso contrário estaríamos a minguá. Tinha um tal de Herodes na biblia q tbm se achava. Mas não teve um bom final. Vcs que negam a justiça e os direitos não passaram em branco. Alguns candidatos morreram e não foram convocados. Pq a maioria dos senhores não estão nem aí para seu povo e sua gente. Preferem agradar seus próprios umbigos. Acham q vão durar para sempre.

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