Secretário de Educação de Guapimirim responde por improbidade

O secretário Rui Aguiar (a esquerda) foi denunciado pelo MPF junto com um ex-deputado e três ex-membros da Comissão de Licitação da Prefeitura de Mesquita, onde ele atuou na Secretaria de Fazenda e Planejamento (Foto: Divulgação/PMG)

Ação tramita na Justiça Federal e foi movida pelo MPF, que aponta possível fraude em licitação na compra de uma unidade móvel de saúde pela Prefeitura de Mesquita

O advogado Rui Tomé Aguiar Filho, nome escolhido pelo prefeito Marcos Aurélio Dias para comandar a Secretaria de Educação de Guapimirim em substituição a vereadora Rizê Silvério, é réu, juntamente com o ex-deputado federal Fernando Gonçalves – o campeão das emendas para compra de ambulâncias através do esquema que foi batizado pela Policia Federal de Máfia dos Sanguessugas – e outras quatro pessoas, no processo 0009073-82.2009.4.02.5110, no qual os seis são acusados pelo Ministério Público Federal de prática de improbidade administrativa, por suposta fraude em processo licitatório para a compra de uma unidade móvel de saúde pela Prefeitura de Mesquita na gestão do prefeito José Montes Paixão, na qual Rui atuou como secretário de Fazenda e Planejamento.

 

O processo tramita na Justiça Federal de São João de Meriti, onde, no dia 7 de abril deste ano a juíza Adriane Leal Restum Curado decretou a revelia do acusado Anderson Jorge Correa Oliveira (ex-membro da Comissão de Licitação), que não apresentou defesa. Além de Rui, Fernando e Adriano, também respondem outros dois ex-componentes da Comissão de Licitação, Carlos Frederico Loretti da Silveira (presidente) e Márcia Regina Leal de Oliveira (membro), todos denunciados pelo Ministério Público Federal por suposta fraude na licitação aberta pela Prefeitura de Mesquita para executar o objeto do Convênio FNS-404 firmado em 2001 com o Ministério da Saúde.

Com base eleitoral em Mesquita, onde durante muitos anos atuou como medico no antigo Hospital-Escola São José, o ex-deputado federal Fernando Gonçalves apresentou R$ 4,4 milhões em emendas parlamentares no orçamento do Ministério da Saúde, em favor de várias prefeituras entre 1999 e 2004. Em 2002 ele conseguiu emplacar 16 emendas especificamente para compra de ambulâncias, no total de R$ 2 milhões e 40% desse valor foram parar nos cofres do município de Mesquita, que no ano anterior já havia R$ 450 mil para a mesma finalidade.

O esquema de fraude na aquisição de ambulâncias foi estourado na Operação Sanguessuga, deflagrada pela Polícia Federal no dia 4 de maio de 2006. Nesse dia 48 pessoas foram presas, Muitos já foram condenados, mas a maioria dos acusados respondem aos processos em liberdade. Na época estimou-se que o esquema montado para favorecer os empresários Segundo as investigações, o grupo liderado pelos empresários Luiz Antônio Vedoin e Darci Vedoin, donos da empresa Planam, teria movimentado R$ 110 milhões. Pelo que foi apurado, os irmãos Vedoin pagavam propina a parlamentares em troca de emendas destinadas à compra de ambulâncias e materiais hospitalares. O esquema que começava na Câmara dos Deputados fazia ponto final nas prefeituras, nas quais, de acordo com as apurações do Ministério Público Federal, as licitações eram montadas de modo a favorecer aos dois irmãos.

Comentários:

  1. Ao leitor Altineu da Padaria em mensagem não publicada – O elizeupires.com é um espaço jornalístico. Não nos atemos a vida pessoal. Para comentar essa matéria não é necessário da vida íntima de ninguém. Não somos um fake de rede social. Tempos responsabilidade pelo que veiculamos.

  2. [quote name=”Lecir”]Então ele está em casa, pois em nossa Prefeitura o que mais tem é gente respondendo por improbidade administrativa.[/quote]
    Concordo em genero número e grau.

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