
Em 2009 o prefeito de Casimiro de Abreu também suspendeu os repasses para a instituição
“Em 14 anos de existência, nunca a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Casimiro de Abreu viveu situação tão grave. A instituição reconhecida por seus trabalhos em matérias jornalísticas veiculadas em 2000 na Globo News e na Revista Marie Claire, há duas semanas teve que mandar de volta para casa dezenas de crianças que lá fazem tratamento”. A informação foi veiculada no início de 2009 em uma das edições do “Jornal dos Municípios”, que revelava as dificuldades as quais a instituição foi levada a passar pelo prefeito Antonio Marcos Lemos. Sete anos após os problemas de 2009, a Apae volta a ser sacrificada por Antonio Marcos e desta vez foi buscar ajuda junto ao Ministério Público e este conseguiu na Justiça uma decisão liminar que obriga o prefeito a transferir R$ 228 mil devidos à associação. Na primeira suspensão dos recursos a Apae teve de interromper o atendimento a 81 crianças.
No último dia 10, ao analisar pedido do Ministério Público, o juízo da Vara Única de Casimiro de Abreu determinou em decisão liminar que o prefeito Antonio Marcos Lemos repasse R$ 228 mil à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, o corresponde a parcelas atrasadas de um convênio de R$ 688 mil assinado em 2015. As parcelas vêm se acumulando desde janeiro, o que levou o promotor de Justiça Marcelo Winter Gomes a impetrar uma ação civil pública.
Antes de impetrar a ação judicial o MP notificou a Secretaria de Assistência Social de que os repasses deveriam ser regularizadas, mas a Prefeitura alegou dificuldades financeiras e não apresentou alternativas para não deixar desamparadas cerca de 90 pessoas com deficiência, entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos que dependem do funcionamento da Apae.
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