Corte em Porto Real sacrifica os pequenos

Prefeito acaba com cargos menores e amplia os grandões

O projeto de reforma administrativa enviado à Câmara de Vereadores pelo prefeito Jorge Serfiótis (foto), atingiu em cheio os pequenos e mostra uma incoerência do gestor, que acabou de assumir o terceiro mandato a frente do governo de Porto Real, cidade do Sul Fluminense. Ele cortou 27 cargos comissionados índice CC1, 38 CC2 e 42 CC3, mas ampliou de 12 para 14 os cargos de secretário e de sete para 11 as funções de natureza especial. Somando os salários dos nomeados a mais nestas duas funções a Prefeitura conseguiria pagar pelo menos a uns 30 funcionários em cargos índice CC3.

Serfiótis alega que com os cortes o município vai economizar cerca de R$ 1,3 milhão por ano, mas quem acompanha de perto a administração municipal aponta que o que está ocorrendo é o desemprego de quem trabalha bem mais que os tais assessores especiais, em sua maioria apoiadores políticos, o que não vale para a atual gestão, pois o que mais o prefeito nomeou foi adversários.

De acordo com a Prefeitura, a estrutura administrativa anterior custava R$ 1.263.236,80 com os salários de 12 secretários, 14 subsecretários e sete ocupantes de cargos de natureza especial, além de 76 CC1, 69 CC2, 77 CC3, 23 CC4 e mais 88 ocupantes de funções gratificadas índices 1, 2 e 3. Com a mudança a administração municipal conta agora com 14 secretários e 12 subs e 11 cargos de natureza especial; 49 CC1, 31 CC2, 35 CC3, 51 CC4 e as mesmas 88 funções gratificadas.

Para tentar compensar o peso do machado sobre os pequenos, o prefeito ampliou o número de funções incide CC4 de 23 para 51, aumentando 28 vagas, o que representa quase nada diante das 107 de níveis CC1, CC2 e CC3 cortadas.

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