Concurso da Câmara de Silva Jardim vai parar na Justiça

Arrecadação teria somado R$ 700 mil e candidatos inscritos ficam no prejuízo

Anunciado para 2016 o concurso público lançado pela Câmara de Vereadores de Silva Jardim não aconteceu e está sendo visto como um “golpe” pelos candidatos que pagaram valores de R$ 65 e R$ 100 pela taxa de inscrição, pois até agora eles não foram informados sobre uma possível devolução do dinheiro arrecadado pelo Instituto Nacional Escola Superior da Administração Pública (Inesap), instituição contratada pela Casa para realizar o certame. Em seu site o Inesap informa que a responsabilidade pelo ressarcimento é da Câmara, porque o cancelamento se deu por decisão única do presidente da Casa, o vereador Roni Luiz Pereira (foto), que alegou “descumprimento de disposições contratuais e legais atinentes à regularidade e lisura do certame, as quais poderiam gerar futura anulação”.

Em sua defesa o Inesap informa que encaminhou ao presidente da Casa a relação completa de todos os candidatos inscritos, com endereço, telefones e e-mail, fornecidos quando da inscrição, para possibilitar a localização dos inscritos e tomar as medidas necessárias à aplicação da prova, pois Roni havia dito que a própria Câmara se encarregaria de concluir o concurso, mas o presidente não tem dado o menor sinal de que vá cumprir a palavra. Por conta disto, um grupo de candidatos está preparando uma ação judicial coletiva contra a Câmara e o Inesap, para reivindicar o ressarcimento ou a aplicação das provas, já que pagaram por isto.

Embora informe ter enviado todas as informações à Câmara, a instituição contratada não divulgou até hoje o número de candidatos inscritos nem quanto foi arrecadado com a cobrança da taxa de inscrição, mas a própria Câmara estima que a receita pode ter chegado a R$ 700 mil, muito dinheiro em se tratando de um processo seletivo que oferece apenas 18 vagas imediatas. O Inesap limita-se a dizer que estava pronto para aplicar as provas, que já havia feito gastos, efetuado pagamentos e com o cancelamento e a anulação do contrato decidiu incinerar as provas que já estavam impressas.

O presidente da Câmara foi procurado para falar sobre o assunto, mas não foi encontrado.

 

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Comentários:

  1. Achei que uma cidade do interior como Silva Jardim teria uma legislatura séria… Onde esta a taxa que pagamos no concurso? Se o poder emana do povo, então o povo de Silva Jardim fez o que fez. Vergonha!!!!

  2. Infelizmente essa banca organizadora parece ser Fraudulenta o mesmo está ocorrendo com o concurso de Nilópolis onde a banca é organizadora, quem ler essa materia e estiver passando por essa situação faça uma denuncia ao Ministério Público, só assim mesmo.

  3. Mas o Maquenzi é cristão… Quem confiar então? De qualquer forma, onde está a vergonha na cara da Câmara de SJ que não não tomou nenhuma atitude. Estão quietos esperando que o cansaço nos vença. Sinceramente, eu acreditei por se tratar de um município do interior, que seria um concurso transparente e correto com gente séria e tradicional nos bons costumes. O brazil em metástase nas mãos da horda política. Digo o seguinte…Faça um bom proveito da taxa que se apropriaram indebitamente(bonita palavra…) Que a mão de Deus pese sobre todos!

  4. Quero o meu dinheiro de volta gostaria de saber se tem algum processo contra câmara podem contar comigo
    fui até silva jardim e conversei com o presidente da câmara informou que a responsável é a organizadora do concurso não importa quem são os responsáveis vou até o fim essa situação e revoltante é uma vergonha para os moradores SJ. 05 /01/2018

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