‘Herança maldita’ provoca arresto de R$ 3 milhões nas contas de Nilópolis, bloqueio decidido pela Justiça para pagamento de dívida

Nilópolis, na Baixada Fluminense, é um dos poucos municípios no estado do Rio de Janeiro que está conseguindo equilibrar as contas e manter os pagamentos em dia, mas, nesta terça-feira (11), o prefeito Farid Abrão (foto) foi surpreendido com o arresto de R$ 3 milhões nas contas da Prefeito, sequestro de dinheiro decidido pela Justiça para pagamento de uma pequena parte da dívida deixada pelo ex-prefeito Alessandro Calazans. Pelo que já foi constatado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), nos últimos seis meses de 2016 – período de campanha eleitoral, quando o ex-prefeito tentou a reeleição e perdeu – as despesas com pessoal aumentaram bastante na Prefeitura de Nilópolis. O TCE apurou que Calazans deixou um déficit financeiro de mais de R$ 60 milhões.

Para equilibrar as contas Farid vem apertando o cinto desde que assumiu o governo, em janeiro do ano passado. O esforço é no sentido de que a falta de dinheiro não afete os serviços essenciais nem atinja os servidores, preocupação que, ao que parece, a gestão anterior não teve.

A prestação de contas referente ao último ano de mandato de Alessandro Calazans foi apreciada em plenário pelo Tribunal de Contas no dia 3 de abril e reprovada. De acordo com a análise do TCE o déficit financeiro somou R$ 62.397.706,38.

O Tribunal de Contas detectou ainda  irregularidades como despesa que não pode ser paga dentro do mandato, cancelamento, sem justificativa de restos a pagar processados no valor de R$ 1.018.342,95  e não observação de normas federais para o funcionamento da previdência própria municipal.

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