‘Tiros’ de Max no ‘padrinho’ Picciani podem ter ferido o pé do atirador e aposta em perda do mandato de deputado é alta no meio jurídico

Depois das prisões Pezão e Picciani não servem mais como aliados, mas em passado não muito distante foram de grande utilidade para Max Lemos

Revelada com exclusividade pelo elizeupires.com, a peça inicial de uma ação de justificação de desfiliação partidária apresentada por um advogado paulista em favor do deputado Max Lemos que deixou o MDB para disputar a Prefeitura de Nova Iguaçu pelo PSDB, está sendo vista mais como ataque a si mesmo que como instrumento de defesa do parlamentar para evitar uma possível perda de mandato por infidelidade partidária.

Advogados da área revelam que a estratégia de dizer que Max deixou o partido por causa da má conduta de alguns medalhões como o ex-governador Sergio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Jorge Picciani e Paulo Melo da legenda é uma “tese frágil” que pode vir a ser derrubada sem muita dificuldade. “Ele convivia muito bem com os políticos citados na defesa e parecia muito à vontade no grupo. Alguns mencionados agora como companhias indesejáveis já estavam presos em 2018 quando ele concorreu a deputado. Se ele quisesse poderia ter saído do MDB sem o menor problema naquele ano. Acho que foi tiro no pé”, diz um especialista.

Para outro advogado, se fazer de bom moço agora não deverá convencer quem vai julgar. “Max sempre se orgulhou de ser ligado ao ex-governador Sério Cabral e a Jorge Picciani. Enchia a boca para dizer quer era amigo dos políticos mais importantes do estado do Rio de Janeiro. Agora vem alegar que não poderia ficar no partido por causa das prisões e denúncias de corrupção. Acho meio tarde para tal”, opinou.

A matéria “Cuspindo no prato: com medo de perder mandato por infidelidade partidária, Max Lemos sai atirando contra família Picciani”, veiculada às 21h da última sexta-feira (3), teve grande repercussão também em Brasília, onde alguns políticos também valiam terem os disparos da defesa atingindo os pés do atirador.

No Rio, parlamentares emedebistas não se mostraram surpresos. “Não se pode dizer que não era esperado. Max está de olho numa Prefeitura importante e precisa de um discurso de moralidade para ir às ruas pedir voto. Quem o conhece sabe muito bem que ele não teria escrúpulo nas ações para tentar se descolar de Jorge Picciani, só que está sendo ingrato, pois politicamente ele não seria nada se não tivesse sido ajudado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, que lhe deu emprego e sustentação para ser vereador e prefeito em Queimados. Acho que ele poderia ter saído de outra maneira”, avalia um deputado.

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