Disputa de Waguinho agora será interna

Waguinho teve forte ajuda de Canella, mas vai ter que vencer o ego do companheiro para evitar problemas futuros

Vice-prefeito se intromete até nas entrevistas

Alguém precisa dizer ao deputado estadual Marcio Canella, companheiro de chapa do prefeito eleito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (PMDB), que o cargo de vice-prefeito é apenas de expectativa, sem nenhum poder de gestão, a menos que o vice seja nomeado para uma função específica. É que Canella tem dado pitaco em tudo, atrapalhando até as entrevistas, se intrometendo entre as perguntas e as respostas, ignorando que o entrevistado é o prefeito eleito e não ele. Aliás, no caso de Canella, nem de vice-prefeito ele poderá ser chamado, já que não deverá ser empossado como tal, pois se o fizer perde o mandato de deputado. “Não dou um ano para essa lua de mel entre o prefeito e o vice acabar. Já sentimos cheiro de briga no ar, pois ele vem se comportando como o homem do poder, quando na verdade, em termos de atribuições, não terá nenhum se não for indicado para uma secretaria”, diz um político ligado ao grupo.

Além dos atropelos, o prefeito eleito enfrentará uma série de dificuldades pela frente, herdando problemas demais e recursos de menos. Mas não é só isso. Uma ação de investigação judicial eleitoral ajuizada pelo Ministério Público contra ele e o vice-prefeito é um complicador de tirar insônia, segundo avaliam alguns advogados. Wagner, Márcio e mais sete pessoas foram denunciados por abuso de poder econômico e político. Se condenados os dois políticos terão o registro de candidatura ou o diploma de prefeito e vice-prefeito cassados, o que implicaria na realização de um pleito suplementar, uma vez que a legislação não permite mais que o segundo colocado assuma.

Com mais de mil documentos anexados como provas pelo MP, a ação é resultado de cinco meses de investigação feita pela 52ª Promotoria Eleitoral, que apurou que o município recebeu este ano várias obras de asfaltamento e em propagandas eleitorais a dupla Waguinho e Canella afirmaram que as ações eram do governo estadual, frutos de suas indicações legislativas. Porém as investigações apontaram que os serviços foram executados por três empresas sem qualquer vínculo contratual com o governo fluminense. O MP apurou ainda que “o texto da indicação parlamentar do deputado Waguinho, originalmente apresentado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi alterado no material de propaganda dos candidatos para ocultar os reais executores da obra”.

Comentários:

  1. Espero que realmente a justila seja feita e que o mp cumora seu dever nao permitindo essas duas serpentes si quer sentar na cadeira o mp nao pode nos desapobrar ja que tem provas que sejam condenados

  2. [quote name=”rita”]Espero que realmente a justila seja feita e que o mp cumora seu dever nao permitindo essas duas serpentes si quer sentar na cadeira o mp nao pode nos desapobrar ja que tem provas que sejam condenados[/quote]

    Não é o MP que decide. O MP apura e denuncia. Quem decide é a Justiça. É a Justiça que condena ou absolve.

  3. Fora as duas outras ações que eles respondem por abuso de poder político e abuso de poder Econômico também. Waguinho ficou inelegivel por 3 anos em 2010 por assistencialismo então depois que assumiu como Deputado transformou os projetos sociais em programas de governo mantendo o curral eleitoral.

Deixe um comentário para Ênio Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.