● Elizeu Pires

O prefeito Rogério Lisboa só vai deixar o mandato em 31 de dezembro de 2024, mas já tem “aliado” se achando dono da cadeira. Controlador da rede municipal de saúde através de um indicado seu, o deputado federal Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho (foto), segundo membros do seu próprio time, vai ser candidato a prefeito, e isso já estaria acordado. Só que não é bem isso que o grupo de Lisboa está esperando, até pelo fato de Luizinho não visto considerado Luizinho um aliado de fato, e sim como um “oportunista”. Mais que isso, o deputado é o nome mais rejeitado entre as lideranças locais, pelo fato de querer, segundo afirmam, “cantar de galo em quintal alheio”.

Embora o parlamentar esteja com a reeleição dada como certa, segundo observadores mais atentos, ele só contaria mesmo é com os nomeados em cargos de confiança na Secretaria Municipal de Saúde e com os contratados através das organizações sociais que administram UPAs e hospitais estaduais.

“Só no Hospital Melchiades Calazans, em Nilópolis, são mais de 500 cargos”, diz um vereador que vê o deputado mais como desagregador que arregimentador de apoio. “Os cargos da Secretaria Municipal de Saúde não são suficientes para torná-lo prefeito, e os de fora não somam em Nova Iguaçu. Se essa for mesmo a intenção dele, o deputado vai ter de baixar a bola, esquecer a arrogância em casa e falar de mansinho com as lideranças iguaçuanas”, arremata.

Luiz Antonio Teixeira Junior conquistou o primeiro mandato em 2018. Era um ilustre desconhecido nos meios políticos até ser nomeado secretário de Saúde em 2013 pelo então prefeito Nelson Bornier. Somou 103.745, sendo 31.188 em Nova Iguaçu, e deve aumentar a votação agora por conta do amplo espaço ocupado nos governos estadual e municipal, mas isso não faz dele um político simpático aos olhos da população e das lideranças locais.