Pedido de exoneração e decisão judicial não valem para a presidência da Câmara de Japeri, e está armada mais uma confusão política na cidade

● Elizeu Pires

A sessão desta sexta-feira na Câmara de Japeri foi marcada por confusão

Ao que parece alguém deve ter dito ao presidente da Câmara de Vereadores de Japeri, Walter Trajano, que ele manda muito, pode tudo e que decisão judicial é um mero detalhe, e ele deve ter acreditado. Isso porque Trajano impediu que um vereador participasse do processo, gerando uma grande confusão.

Tudo aconteceu porque Junior Martins, que havia sido exonerado a pedido do cargo de secretário de Assistência Social para poder votar foi barrado, mesmo sendo o titular da cadeira temporariamente ocupada pelo suplente Luciano Terra.

Trajano alegou que – para valer – a exoneração teria de ter sido publicada no diário oficial, quando, na verdade, bastaria que o pedido tivesse sido protocolado na Prefeitura, o que de fato ocorreu. Não se sabe se a não publicação tenha sido uma manobra para impedir que Junior votasse numa candidatura de oposição ao atual comando da Casa, ou se fora só caso de esquecimento, o que todos por lá duvidam. O fato é que Martins teve o direito de votar reconhecido pela Justiça, mas ignorado pelo presidente da Câmara.

Medo de derrota – O que corre nos ambientes políticos de Japeri é que Trajano teria manobrado para evitar que uma chapa encabeçada pelo vereador Rogério Gomes Castro, mais conhecido como Rogerinho da RR, vencesse a disputa, destronando Walter da cadeira de presidente.

O que precisa ser esclarecido agora é se a portaria de exoneração deixou de ser publicada por descuido ou fora objeto de manobra, gerando um motivo para que o presidente não permitisse o retorno de Junior Martins à Casa e pudesse contar com o voto do suplente.

A tese da manobra está ganhando força nos ambientes políticos, porque a prefeita Fernanda Ontiveros exonerou o secretário de Governo Francisco Nacelio e outros membros do primeiro escalão, que supostamente apoiariam Rogério, que é do mesmo partido da prefeita, o PDT.

Comentários:

  1. Uma exoneracao ser ou não considerada em japeri, é muito relativa.
    Eu mesmo pedi exoneracao e depois uma retratacao antes da publicacao. E a procuradoria do municipio deu indeferido. Eu não sei que princípios eles se baseiam. Mesmo sabendo que não há regras para exoneracao, mas deveria ter um protocolo a seguir.

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