Deputado é criticado até por colegas parlamentares por, segundo alguns deles, “querer mandar em casa alheia”
● Elizeu Pires

Circula nos ambientes políticos de Nova Iguaçu – cidade importante na Baixada Fluminense, com mais de 600 mil eleitores –, que haverá uma dança das cadeiras na gestão do prefeito Rogério Lisboa (PP), com a substituição de vários secretários, e que o deputado Luiz Antônio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, estaria pressionando por isso. Sábio, Lisboa não dá sinais públicos de que as mudanças estejam confirmadas, mas a turma que bate lata em torno do deputado e os devotos que veem Luizinho como maior líder político da região, já dão até nomes e falam que “o grupo do doutor vai ter pelo menos mais duas secretarias”.
O parlamentar que já controla a Secretaria de Saúde através de um indicado seu, o médico Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, ortopedista como ele, estaria buscando espaço ainda maior, não importando para isso que secretários operantes que carregam o governo nas costas tenham que ser substituídos para agradá-lo.
De acordo o entendimento de observadores mais atentos, o deputado quer ser o protagonista em 2024, indicando um nome ou se impondo como sucessor de Rogério Lisboa, já que seu assanhamento em relação à Prefeitura do Rio não está sendo levado a sério pelas raposas mais felpudas que realmente dão as cartas na capital.
“Embora não goste de ser classificado assim, o deputado é um político da Baixada Fluminense, e não irá, além disso. Ele tem o espaço que tem no governo estadual por conta das pressões do partido em cima do governador, mas o PP é uma andorinha só. Para fazer verão na Capital o deputado vai precisar de reforço. Mas quem vai querer aliança com um político que gosta de mandar na casa dos outros, que não respeita o espaço alheio?”, indaga um parlamentar com mais peso e currículo maior que o de Luiz Antônio.