Possível candidatura de Silvia em 2018 atordoa “donos” de Porto Real

Especializada em ginecologia e obstetrícia, ela se queixa de que é impedida de tirar plantões na maternidade municipal por possível retaliação política

Medica concursada da rede de saúde de Porto Real, Silvia Bernardelli (foto) tem se queixado de retaliações por parte do governo, que não estaria permitindo que ela dê plantão em sua área na maternidade municipal. Especializada em ginecologia e obstetrícia, Silvia foi candidata a prefeita nas duas últimas eleições e por conta disso é classificada como “inimiga” na gestão do prefeito Jorge Serfiotis, mas a opção de deixar a unidade sem um especialista como Sílvia está sendo vista como outra coisa: preocupação com a possibilidade de ela vir a disputar um mandato parlamentar em 2018, podendo até concorrer diretamente com o filho do prefeito, o deputado federal Alexandre Serfiotis, que, segundo revelam alguns servidores do setor, é quem estaria dando as ordens na Secretaria de Saúde.

No pleito do ano passado Sílvia – que é filha do primeiro prefeito da cidade, Sergio Bernardelli – teve a preferência de 6.342 eleitores, o que representou expressivos 44,08% dos votos válidos. Apesar de não ter sido suficiente para derrotar a campanha poderosa de Jorge Serfiotis, o percentual deixou claro que o nome da médica continua em ascensão e que deverá mesmo render a ela uma candidatura em 2018, restando à Sílvia escolher se irá disputar uma cadeira em Brasília ou na Assembleia Legislativa, o que estaria tirando o sono de Alexandre Serfiotis (PMDB), que na semana passada votou a favor da impopular reforma trabalhista proposta pelo governo federal, o que resultou numa enxurrada de críticas ao parlamentar através das redes sociais.

Recentemente Silvia fez um desabafo nas redes sociais, dizendo que por várias vezes se ofereceu para dar plantão na maternidade, mas a gestão não permite. Ela é plantonista às quartas-feiras no Hospital Municipal São Francisco de Assis e mesmo residindo na cidade não pode substituir nenhum especialista em ginecologia do quadro na maternidade. Aos domingos, por exemplo, reclamam moradores, não há ninguém na especialidade de plantão, pois a plantonista desse dia passou a trabalhar às segundas-feiras.

O governo tem desmentido que existe perseguição política contra a médica, mas seja lá o motivo a impedi-la de tirar plantões em sua especialidade, está afetando mais as pacientes que buscam atendimento e não encontram, que a profissional. “Não é a primeira e lamentavelmente não será a última vez que me coloco a disposição para fazer coberturas de plantão na maternidade desse município e simplesmente, sem qualquer motivo justo, não permitem”, escreveu Silvia.

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