● Elizeu Pires

Desde o início do ano com sua assessoria plantando nota na imprensa para dizer que ele estaria cotado para o cargo de Ministro da Saúde, o deputado Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, levou um balde de água fria quando o presidente Lula disse que Nísia Trindade ficará no comando da Pasta, e que quem escolhe ministro é ele, o que para um bom entendedor basta.
Agora, quando já se dava como certa a volta dele à Câmara para assumir a liderança do partido, surge um grande empecilho: uma frente de parlamentares defende a indicação do deputado Mário Negromonte Júnior (PP-BA) e outra quer colocar na liderança o deputado Mersinho Lucena (PB), que é filho do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP).
Isso não entristece apenas a Luizinho. Tira também o sorriso de quem quer vê-lo fora do governo do Rio, onde ele comanda a Secretaria de Saúde, o mais breve possível. O próprio Luizinho já havia dito que deixaria a secretaria em outubro, mas hoje não se pode cravar nisso.
Quem rejeita Luizinho na liderança tem o entendimento de que ser o preferido do presidente da Casa, Arthur Lira, não é suficiente a para um líder de bancada. Na verdade, Luiz Antonio Teixeira nunca foi o “cara” para os 49 deputados do Progressistas. Sua força política restringe-se aos que vivem a seu redor e aos que o abanam na Baixada Fluminense, onde é chamado pelas costas de “Dr. OS”, por ele acreditar que a entrega de unidades de saúde ao controle das ditas entidades sem fins lucrativos seria melhor solução.