‘Olho grande’ dos Picciani pode implodir o PMDB do Rio

Governador já foi alertado por deputados descontentes

O último encontro entre o ministro do Esporte Leonardo Picciani e o deputado federal Pedro Paulo não foi nada cordial. Quem assistiu diz que houve bate-boca pesado e o motivo seria o controle pessoal que, mesmo preso, o pai do ministro, deputado estadual Jorge Picciani, estaria mantendo sobre o PMDB fluminense, cargos na Assembleia Legislativa e no governo. Para esquentar ainda mais as coisas, parlamentares da legenda já avisaram ao governador Luiz Fernando Pezão que podem deixar o partido, se os Picciani, pai e filho, não pararem de se comportar como donos e senhores do PMDB e de cargos na Alerj e na administração estadual. “A postura de Leonardo pode por tudo a perder e provocar o esvaziamento do partido no Rio. Eles (os Picciani) precisam entender que não são donos de nada e que o ‘todo-poderoso’ foi tirado de combate pela MPF e a Justiça”, disse agora a pouco um descontente.

Os deputados estaduais querem a redistribuição de pelo menos uma boa parte do sem-número de cargos controlados pelos Picciani, mas segundo uma fonte do PMDB, teriam sido disponibilizados apenas 12 para distribuir para o bloco todo, o que não chega nem perto do pretendido pelos descontentes, que estariam reivindicando “pelo menos uns vinte para cada um”.

A outra preocupação, diz a fonte, é quanto aos recursos do fundo partidário. “Estimamos que o PMDB fluminense vá receber entre no mínimo uns R$ 35 milhões para custear as campanhas. É preciso saber como isso será dividido entre os candidatos”, conclui.

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