Suplente se desligou de gabinete na Alerj 17 dias antes de ser morto

E o parlamentar ainda não explicou a saída dele

Tão logo informado do assassinato do quinto suplente de vereador pelo PTB de Magé, Paulo Henrique Dourado Teixeira, o deputado estadual Renato Cozzolino Harb não perdeu tempo e afirmou que o crime aconteceu para intimidar o seu grupo político. O que ele não comentou em nenhum momento é que Paulinho P9, como a vítima era mais conhecida na localidade de Pau Grande, tinha se desligado do seu gabinete e revelado isso através da rede social. A morte de Paulinho provocou grande comoção entres os moradores dos bairros Fragoso e Pau Grande e levou a ex-prefeita Núbia Cozzolino a acusar membros do governo municipal, responsabilizando-os pelo crime, mas em postagens na rede social P9 vinha demostrando insatisfação era com seu trabalho no tal grupo do deputado. Só que sobre isso Renato e Núbia nada falaram.

Agora a pouco começou a circular o print de um post feito por Paulinho com elogios a administração municipal. A postagem é do dia 2 de março e nela P9 aparece ao lado do vereador licenciado e secretário do Meio Ambiente, Alvaro Alencar. A informação é de que o suplente estaria se aproximando do governo através de Alvaro.

Isso foi na mesma data da saída de Paulinho da assessoria de Renato Cozzolino, conforme ele mesmo disse nessa postagem: “Comunico a todos os amigos que confiam em meu trabalho, que a parir de 2/3/2018 não sou mais assessor do deputado estadual Renato Cozzolino e estou saindo de cabeça erguida e mais tarde ou amanhã estarei fazendo um vídeo falando os motivos”.

Os motivos ele não chegou a revelar, mas em outra postagem Paulinho afirmou: “Gosto do Renato Cozzolino, mais (…) infelizmente acabei de receber um comentário do amigo dele que agora estou fora”.

Muito querido na localidade onde vivia, Paulinho usava bastante as redes sociais para criticar a administração municipal, comportando-se como uma liderança comunitária atuante, mas vinha demonstrando insatisfação em relação ao trabalho na Assembleia Legislativa. Estava eufórico com a gravidez da namorada, a quem fez várias declarações de amor nos últimos dias em página no Facebook.

Abalados com mais esse crime, o que os mageenses esperam é que a autoria seja identificada pela polícia e que essa morte não fique impune como as tantas outras verificadas no município e que o sangue de Paulinho não seja usado para escrever o discurso conveniente dos que não tem escrúpulos em usar cadáveres na construção dos palanques de suas campanhas sustentadas pela hipocrisia.

*Matéria atualizada às 21:10 do dia 20 de março de 2018 para acréscimo de informação.

 

 

 

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