Promessa ou ameaça?

Aliados já começam ensaiar os passos para retorno de Lindberg à Nova Iguaçu

Ele deixou a Prefeitura de Nova Iguaçu em março de 2010 para disputar um mandato de senador, do qual se despede no dia 31 de janeiro de 2019 e, se não tiver a carreira política interrompida pela Justiça, poderá tentar um retorno em 2020. O ele em questão é Lindberg Farias (foto), que ao sair do município largou para trás rastros de destruição: Prefeitura quebrada, dívidas que somam mais de R$ 1 bilhão, cerca de R$ 400 milhões só com o fundo de pensão dos servidores, o Previni. Foi por conta da gestão desastrosa de Farias, por exemplo, que o Hospital de Caridade Iguassu fechou as portas. O município recebia os recursos para pagar aos prestadores de serviços – clínicas e laboratórios conveniados – mas não fazia os repasses. Apesar de distante, Lindberg ainda têm aliados fieis no município, quadros do PT e do PC do B. É estes que ele conta na preparação de seu retorno. Nova Iguaçu nunca teve tanto dinheiro como no período de Farias como prefeito, o que não significa dizer que a cidade melhorou com ele…

Foi por conta da gestão desastrosa de Farias, por exemplo, que o Hospital de Caridade Iguassu fechou as portas. A Secretaria de Saúde recebia os recursos carimbados para pagar aos prestadores de serviços – clínicas e laboratórios conveniados – mas não fazia os repasses. Apesar de distante, Lindberg ainda têm aliados fieis no município, quadros do PT e do PC do B e é com esses que ele conta na preparação de seu retorno ao município, que nunca teve tanto dinheiro como no período de Farias como prefeito, o que não significa dizer que a cidade melhorou.

Conforme o elizeupires.com revelou no dia 6 de março de 2013, o então procurador geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), denúncia contra o senador pelo rombo causado nos cofres do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu (Previni). Farias, que foi prefeito de 1º de janeiro de 2005 a 31 de março de 2010, foi acusado por Rangel de crime contra o sistema financeiro, desvio e malversação de recursos públicos, além de formação de quadrilha. Com ele foram denunciados também Gustavo Falcão Silva e Luciano Otávio Dutra Leite, ex-gestores do Previni, que já tinham sido condenados pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro a devolverem R$ 2.357.917,32, por aplicações ilegais no mercado financeiro, usando recursos do órgão previdenciário.

Os problemas no fundo de pensão dos servidores de Nova Iguaçu começaram em 2005 e, em 2007 chegaram a ser investigados pela Câmara de Vereadores, mas os membros da bancada do prefeito fizeram uma operação “abafa” para livrar Lindberg e os demais acusados, não permitindo a aprovação do relatório final, que apontou vários crimes.

Os documentos foram encaminhados ao Ministério Público e Polícia Federal, gerando o processo que foi aberto no STF. Na época da CPI foi montado uma manobra para tentar desqualificar o relatório final, que apontou um rombo de cerca de R$ 400 milhões e irregularidades, que configuram desde atos de improbidade administrativa até crimes de falsificação de documentos públicos e contra o sistema financeiro nacional.

A CPI apurou, por exemplo, que recursos do Previni foram usados para a compra de debêntures da corretora Casual Dining S/A e para isso foi aberta conta em uma agência bancária da Barra da Tijuca onde a corretora também era correntista. A nova conta do Previni, apontou a CPI, só poderia ser movimentada em conjunto pelos dois executivos do fundo dos servidores, que transferiram para ela pouco mais de R$ 11 milhões de outras contas do instituto, tendo sido usados depois R$ 10 milhões para compra de debêntures da Casual, operação considerada de alto risco.

 

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