‘Super poderes’ do diretor da Casa geram descontentamento na Alerj

Deputados questionam o que chamam “influencia demais” de Wagner Victer

 

Se quiser ter tranquilidade para conduzir a Casa o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano, vai ter que fazer mais do se livrar dos apadrinhados do ex-presidente Jorge Picciani e dos deputados presos, o que ele jura que já fez. O outro “problema grave”, de acordo com alguns parlamentares, estaria na atuação do diretor geral, Wagner Victer que, segundo um grupo de descontentes, “estaria mandando demais”.

De acordo com uma fonte ligada ao Poder Legislativo fluminense, na semana passada André teria chamado Victer para uma “conversa de pé de ouvido”, mas, diz, a mesma fonte, isso pode não ter sido suficiente.

Ocupando cargos importantes desde a gestão de Rosinha Garotinho, Victer já presidiu a Cedae e comandou a Secretaria de Educação na administração de Luiz Fernando Pezão. Embora seja classificado como um “quadro competente”, Wagner vem deixando boa parte dos membros da Alerj preocupados. “Ele está com mais força que a gente. Tem nomes melhores para o cargo. Ele dever ter um padrinho muito forte para ter conseguido a diretoria geral da Alerj. Acho que se o presidente não der uma freada de arrumação a coisa pode desandar”, diz um parlamentar.

O descontentamento com a performance do diretor geral não está apenas entre parlamentares. Assessores também defendem uma postura mais firme de Ceciliano, que não tem externado nada sobre o assunto, mas, de acordo com a fonte, a conversa entre o presidente e o diretor teria ocorrido na última quinta-feira (18).

Para alguns parlamentares, não faz sentido o presidente da Alerj manter Victer como diretor, pois isso estaria saindo muito caro, já que Wagner – que é funcionário de carreira da Petrobras – tem salário bruto na Casa no total de R$ 31.354,34 e a Assembleia teria de reembolsar a estatal em mais de R$ 800 mil por ano pela disponibilização do funcionário.

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