“OS sem dono” tem três contratos com a Saúde de Nova Iguaçu

O Instituto de Medicina e Projeto está sob investigação

● Elizeu Pires

A atual gestão da Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu assinou este ano três contratos sem licitação terceirizando a administração de unidades de atendimento, e os três foram alvo de inquérito no MP

Quem é o verdadeiro dono da organização social Instituto de Medicina e Projeto (IMP), uma instituição dita sem fins lucrativos, mas que vem faturando alto gerindo unidades de saúde na Baixada Fluminense? Isto é o que o Ministério Público e a Polícia Federal querem saber, já que o homem que consta no cadastro da OS junto à Receita Federal como presidente dela, nega para a imprensa ser o dono, chegando a dizer que nunca ouviu falar da instituição que já firmou contratos que somam mais de R$ 800 milhões, três deles assinados com a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu, Pasta que tem como titular o médico Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, indicado ao cargo pelo deputado federal licenciado Luiz Antônio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, atual secretário estadual de Saúde.

Nos três contratos do IMP com a Saúde de Nova Iguaçu, e um assinado com o município de Queimados no ano passado, Alexandre Santos de Abreu aparece como representante da OS. É dele também o nome que consta no CNPJ do IMP, que o aponta como presidente do instituto, mas em matéria veiculada na noite desta terça-feira (11) pela TV Globo, ao ser indagado se seria mesmo presidente da OS ele respondeu que não sabia do que o repórter estava falando.

De acordo com o que foi revelado na matéria, o “dono” do Instituto de Medicina e Projeto mora de favor em um pequeno apartamento em Copacabana e recebe um auxilio de R$ 1.300 do governo federal

Ligações políticas – Dos três contratos firmados com a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu um foi assinado sem licitação, o que se deu através de uma emergencial autorizada pelo secretário Luiz Carlos Nobre Cavalcante, tendo como objeto a administração de três UPAs por um período de seis meses e valor global de R$ 38,5 milhões.

Este terceiro contrato está sob investigação, e, inclusive, a Justiça determinou que ele não seja renovado.

A crescimento do IMP no estado do Rio de Janeiro, sobretudo na Baixada Fluminense, é apontado no mercado como resultado de uma suposta ligação da OS com o deputado Dr. Luizinho, que nega qualquer relação. Entretanto, o MO já apurou que  um advogado amigo do político teria atuado junto ao IMP. Trata-se  de Rafael Bittencourt, que já foi dono da empresa Ralic Comércio e Distribuição, que já teve contratos com a Secretaria de Saúde de Nova Iguau e opera em órgãos do governo do estado.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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