Casimiro de Abreu: Empresa encarregada de cuidar dos alunos especiais foi representada por empresário que deve prisão decretada por conta de ilegalidades apontadas pelo MP no deposito público da cidade

● Elizeu Pires

Contratada pela gestão do prefeito Ramon Gidalte para cuidar dos alunos portadores de necessidades especiais matriculados na rede de ensino de Casimiro de Abreu, a Krofman Comércio e Serviços foi representada oficialmente até 2018 pelo empresário Washington de Oliveira Magalhães, conhecido na cidade como Pimpolho, que, em abril de 2019, teve prisão preventiva decretada pelo juízo da Comarca local, sob acusação de formação de organização que teria como objetivo “negociar ilegalmente a liberação de veículos apreendidos em blitzes no município”.

Pimpolho é dono da Empresa W.O. Magalhães, empresa que tinha contrato com a Prefeitura para administrar o depósito público de veículos. Ele figurou como representante da Krofman também na Prefeitura de Trajano de Moraes, segundo revela uma ata de registro de preços datada de 26 de julho de 2018. Em Casimiro de Abreu o último documento assinado por ele em nome da Krofman é um termo aditivo no contrato 111, firmado em 19 de junho de 2018.

Hoje representada em todos os contratos firmados a partir de 2020 por Creuza Boy Otz Magalhães, a Krofman Comércio e Serviços já recebeu da gestão de Ramon Gidalte mais de R$ 32 milhões. Foram R$ 3.751.718,17 em 2021, R$ 10.404.543,88 em 2022, R$ 16.797.386,70 em 2023 e R$ 1.227.766,95 em janeiro deste ano.

Irregularidades – Antes da Operação Top Up realizada pelo Ministério Público em 11 de abril de 2019, Washington de Oliveira Magalhães foi notificado pela Prefeitura por conta de irregularidades no depósito público, o que aconteceu em 11 de maio de 2017. De acordo com a notificação a empresa W.O. Magalhães estava mantendo veículos apreendidos na área externa do pátio.

Já a Operação Top Up se deu, segundo divulgou o MP na época, para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão no âmbito de inquérito aberto para apura a apreensão e liberação ilegal de veículos em blitzes realizadas no município.

Os mandados foram expedidos pela Justiça contra 13 pessoas, sendo nove de prisão, mas três foram presas em flagrante por porte ilegal de arma e uma por peculato. Na operação foram apreendidas munições, quatro armas, quatro veículos, R$ 115 mil em espécie, computadores e outros dispositivos eletrônicos.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Casimiro de Abreu e da empresa citada na matéria

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