Ao custo de R$ 27,2 milhões, asfaltamento de estrada em Resende pode resultar em “cratera” de R$ 10 milhões nas contas públicas

Blindado por um marketing que já custou cerca de R$ 2,5 milhões ao bolso dos contribuintes de Resende em contrato publicitário e embalado com a ajuda de um exército de cargos comissionados e seus agregados, pelas redes sociais, o governo do prefeito Diogo Balieiro Diniz parece tentar usar o azul marinho adotado por sua administração para vendar os olhos da população para algum outro tipo de realidade. O exemplo mais recente não vem das paredes azuladas de Balieiro e sim do chão. Trata-se do asfaltamento da estrada Surubi-Bulhões, de aproximadamente oito quilômetros, que, ao término da pavimentação consumirá R$ 27,2 milhões desde que o projeto foi iniciado, o que, para alguns observadores, poderá resultar em uma "cratera" nas contas públicas.

Coleta de lixo ainda sem transparência em Rio Claro

Contrato não revela quantidade coletada nem quanto é pago por cada tonelada recolhida, mas prestadoras do serviço receberam R$ 5,6 milhões na atual administração

De acordo com o contrato 065, assinado em janeiro deste ano com a empresa Atitude Consultoria Ambiental – sucessora no município da Rio Zin Serviços – a Prefeitura de Rio Claro se compromete a pagar R$ 2,239 milhões pelos serviços de coleta de lixo, varrição, manutenção de áreas verdes e roçada em logradouros até fevereiro de 2020, mas não está claro a quantidade de resíduos recolhida nem o custo por cada tonelada de lixo tirada das ruas (confira aqui). A Atitude tem como sócio irmão do empresário João Felipo Barreto, o Joãozinho da Locanty.

Com denúncias de aparelhos cirúrgicos quebrados, reforma do Hospital de Emergência de Resende custará mais de R$ 1 milhão

Propalada como grande feito de um governo municipal que tem em suas mãos uma arrecadação anual de quase R$ 500 milhões para uma cidade com cerca de 130 mil habitantes, a reforma do Hospital de Emergência de Resende anda deixando a população de cabelo em pé. É que o valor atual da reforma, R$ 1.083.352,93, é considerado salgado demais pelo fato de se tratar de uma execução de pequeno porte. Enquanto isso, diversos pacientes estariam sofrendo na carne por conta de aparelhos cirúrgicos que estariam quebrados na unidade de saúde.

De acordo com a planilha orçamentária que antecedeu a assinatura do contrato administrativo 261/2018, entre a prefeitura e a GHN - Construtora e Engenharia, em novembro do ano passado, a previsão é de que sejam gastos até R$ 267 mil em porcelanato e R$ 130 mil com preparação de superfícies e pintura de paredes, madeiras e estruturas de aço. Outros valores significativos segundo o documento são os ladrilhos (R$ 46,2 mil) e o polimento de piso de cimento (R$ 25,7 mil). Mas há ainda gastos curiosos, como, por exemplo, a demolição de um rodapé ao custo de até R$ 7,9 mil ao bolso dos contribuintes.

PAM de Éden sofre com sobrecarga: números foram apresentados hoje ao secretário estadual de Saúde

Em encontro na manhã desta terça-feira (2), na sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf), prefeitos da região se reunião com o secretário estadual de Saúde Edmar Santos em busca de ajuda para seus municípios. O prefeito de São João de Meriti e presidente da instituição, João Ferreira Neto, o Dr. João, apresentou dados sobre os procedimentos na rede de seu município e afirmou que só numa unidade, o PAM de Éden, cerca de 20% das pessoas atendidas são moradoras de Belford Roxo, 18 a cada 100 atendimentos.

Com cerca de 3,5 milhões de habitantes, a Baixada Fluminense tem no Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, referência nos atendimentos de emergência e ambulatorial, com mais de 40% do universo de pacientes vindos de outras regiões. Este ano o governo estadual aumentou de R$ 1,5 milhão para R$ 5 milhões o repasse mensal, mas o HGNI ainda aguarda o cumprimento de uma promessa do Ministério de Saúde de ampliar os recursos.

Magé é classificado pelo Sebrae como município empreendedor por incentivos a negócios urbanos e rurais

O município de Magé está inserido no Programa Cidades Empreendedoras, instituído pelo Sebrae para ações de desenvolvimento voltadas aos pequenos negócios. Magé está entre os 11 municípios pelo Sebrae para incentivo aos negócios urbanos e rurais. A adesão ao programa foi formalizada na última quinta-feira (27), o que vai assegurar aos empreendedores locais os benefícios da Lei Geral das MPEs, conhecida como Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. De acordo com o Sebrae, Magé foi escolhido por conta de seu desempenho no Programa Redes Simples, implementado em 2018.

"Magé desenvolveu muito bem o programa Rede Simples no ano passado, onde nós focamos na questão da desburocratização e capacitação dos funcionários que trabalham na Casa do Empreendedor. Magé se destacou no estado, tomando atitudes e fazendo procedimentos complexos que em outros municípios não foram desenvolvidos. Isso gabaritou o município a ser um dos 11 escolhidos pelo Sebrae para que neste ano de 2019 recebessem o programa Cidades Empreendedoras", explicou Margareth Kelly, coordenadora regional do Sebrae da área Baixada Fluminense II.

Quadra poliesportiva “de ouro” deixa população de Porto Real de cabelo em pé: cidade paulista construiu uma a custo bem menor

Como quem comemora um gol de placa, o prefeito de Porto Real Ailton Marques e o deputado federal Alexandre Serfiotis andam eufóricos com a construção de uma quadra poliesportiva no Parque Mariana, considerado o bairro mais carente da cidade. Os observadores mais atentos, no entanto, acreditam que o "árbitro assistente de vídeo (var)" precisa ser acionado para checar a posição dos políticos no momento do "lançamento da bola". É que o valor da obra é quase duas vezes maior da realizada pela Prefeitura de Tatuí, cidade do interior de São Paulo.

Fruto de uma emenda do parlamentar com contrapartida do município, a construção começou no último dia 15, com conclusão prevista para março de 2020, segundo informações da Prefeitura, ao custo de R$ 714.146,48. O valor da obra, no entanto, é considerado salgado demais se comparado a construções semelhantes. De acordo com o extrato 72/2018, a quadra será erguida pela empresa Dita Construções e Infraestrutura.