RS: cidades do Vale do Taquari contabilizam estragos e repensam futuro

Plano diretor de dezenas de municípios devem ser revistos

Centenas de pessoas cruzam diariamente o Rio Forqueta por uma passarela flutuante que liga Lajeado a Arroio do Meio – Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Em apenas oito meses, três enchentes históricas arruinaram cidades inteiras da região do Vale do Taquari, que abrange dezenas de municípios na região central do Rio Grande do Sul, com forte presença da agricultura familiar e uma agroindústria até então pujante. O cenário que se vê após a catástrofe mais recente é o de uma zona de guerra, com pontes destruídas, casas em ruínas, entulho e lama acumulados por todos os lados, e a população abalada. A tragédia no estado começou no final de abril e as cheias dos rios afetaram praticamente todos os municípios gaúchos.

Mangaratiba: Terceirização de mão de obra na saúde já custou R$ 84 milhões, mas usuários da rede reclamam da falta de médicos

● Elizeu Pires

Os valores pagos ao Instituto Elisa Castro somam até agora R$ 84,1 milhões Contratado em novembro de 2021 para fornecer mão de obra nas funções de médico, dentista, enfermeiro, fisioterapeuta e instrumentador cirúrgico, o Instituto Elisa de Castro (IEC) já recebeu R$ 84,1 milhões dos cofres da Prefeitura de Mangaratiba, sendo cerca de R$ 15 milhões nos cinco primeiros meses de 2024, mas usuários da rede municipal de Saúde tem se queixado da qualidade no atendimento, principalmente da falta de médicos.

MP ajuíza ação para adequar serviço de transporte público por ônibus em Petrópolis, com revogação do contrato com a Viação Petro Ita

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis, ajuizou ação civil pública, com pedido de tutela de urgência, em face do município de Petrópolis, da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte (CPTRANS), e da Viação Petro Ita Transporte Coletivo de PassageirosLTDA, com objetivo de regularizar o serviço de transporte público coletivo por ônibus na cidade, a partir do recebimento de diversas denúncias dando conta do uso de frota deteriorada expondo os usuários a risco por parte da citada viação.

Segundo a inicial da ação, se tornaram comuns as quebras e acidentes de trânsito envolvendo os ônibus da Petro Ita. Tais eventos, além de causarem transtornos e atrasos para os passageiros, vêm afetando o trânsito da cidade, eis que os veículos da permissionária trafegam pelas principais artérias do município. Não fosse isso, há claro risco à saúde, segurança e incolumidade dos passageiros, rodoviários e transeuntes, em razão das frequentes colisões e abalroamentos. Relata ainda o MPRJ que a Petro Ita deixou de oferecer o serviço em treze linhas da cidade, com a ciência e a conivência do poder público, que não tomou qualquer medida, de forma a garantir a retomada do serviço para a população.

Lula libera mais de R$ 270 milhões para municípios gaúchos

Parcela adicional de recursos do FPM soma R$ 192,7 milhões e beneficiará as 47 prefeituras em situação mais grave. Justiça e Segurança Pública libera cerca de R$ 80 milhões do Fundo Nacional

Todas as consequências da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul estão sob o olhar do governo federal. Da preocupação com a retomada da atividade econômica, passando pela retirada de água dos centros urbanos até o essencial cuidado com o bem-estar e a saúde da população, as medidas em andamento buscam a recuperação do estado e o suporte à população gaúcha em toda sua dimensão.

Na saúde de Casimiro de Abreu é assim: OS recebe primeiro e presta o serviço depois

● Elizeu Pires

Contratada inicialmente sem licitação em abril de 2023, a organização social Instituto de Saúde Nossa Senhora da Vitória (INSV), acaba de assinar o terceiro contrato com o Fundo Municipal de Saúde de Casimiro de Abreu e vai receber R$ 46.687.199,04 em um ano pela gestão do Hospital Municipal Ângela Maria Simões Menezes e da Unidade de Pronto Atendimento Hospitalar de Barra de São João.

Lula sanciona lei que suspende dívida do RS com a União por três anos

O estado vive maior catástrofe climática de sua história - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto que suspende o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União pelo prazo de três anos. A Lei Complementar nº 206/2024 foi publicada na edição desta sexta-feira (17) do Diário Oficial da União.

O estado vive a maior catástrofe climática de sua história, com chuvas e enchentes que já resultaram na morte de 154 pessoas e afetaram 461 dos 497 municípios do estado. Hoje, há mais de 618,3 mil pessoas fora de suas casas.

Governo federal anuncia Pix de R$ 5,1 mil para famílias do RS

Benefício será para ocupantes de residências afetadas por catástrofe

As famílias que perderam móveis, eletrodomésticos e outros objetos com as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas terão direito a um benefício de R$ 5.100 concedidos pelo governo federal. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante visita da comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a São Leopoldo do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.   

Paracambi: Cooperativa citada em investigação por suposta fraude em Caxias já recebeu cerca de R$ 170 milhões dos cofres municipais

● Elizeu Pires

A gestão das unidades de saúde de Paracambi tornou-se um bom negócio para OS, cooperativas e empresas de serviços médicos - Foto - Reprodução Citada em investigação de supostas irregularidades verificadas na contratação de mão de obra terceirizada pela administração municipal de Duque de Caxias, a Renascer Cooperativa de Trabalho (Renacoop), já recebeu quase R$ 170 milhões do Fundo Municipal de Saúde de Paracambi.

Autoridade federal vai atuar no Rio Grande do Sul durante calamidade

Anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa

Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai indicar um representante do governo federal para atuar de forma permanente no Rio Grande do Sul enquanto durar a calamidade pública no estado, assolado por enchentes desde o dia 29 de abril. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante entrevista ao canal de notícias GloboNews, e também confirmada pela Agência Brasil.