Apesar da queda na receita e de investigação do MP, despesas com assessores aumentaram em relação a 2013. O mês de julho está na metade, mas a folha do mês já está fechada
Quantos dias tem o mês de julho? Segundo o calendário são 31, mas para efeitos de fechamento da folha de pagamento da Câmara de Rio das Ostras tem apenas 15 dias, já que desde ontem ela já se encontrava fechada, no valor total de R$ 893.330,61, sendo R$ 493.329,90 destinado ao salário e as gratificações a serem pagas a boa parte dos 79 ocupantes de cargos comissionados. De acordo com dados da própria Câmara, nos sete primeiros meses de 2013, os salários e as gratificações dos comissionados somaram R$ 3.347.020,59, subindo para R$ 3.521.920,02 no mesmo período em 2014 e chegando a R$ 3.608.578,43 de janeiro a julho deste ano.
Apontada pelo Tribunal de Contas como a Câmara de Vereadores mais cara da Região dos Lagos, a Casa Legislativa de Rio das Ostras, apesar da crise financeira provocada pela queda nos repasses dos royalties do petróleo, não parece disposta a reduzir seus gastos, mesmo com o custo da folha de pagamento – com salários e gratificações – dos cargos comissionados sob investigação do Ministério Público. Segundo o TCE, com base em dados de 2013, o Legislativo de Rio das Ostras, presidido pelo vereador Alzenir Pereira Melo, o Nini (PMDB), gastou em R$ 997.110,00 por cada um dos seus 13 membros.
De acordo com as denúncias sobre possíveis irregularidades na lotação dos assessores dos vereadores e no pagamento de gratificações, em 2013 a Câmara gastou R$ 6.451.690,37 com pessoal e as gratificações variaram 19% a 100% sobre o salário dos assessores. Nos dois gabinetes do presidente da Casa, por exemplo, segundo as denúncias, estão lotados cinco assessores que recebem 100% de gratificação, dois com 40% e um com 30%, além de auxilio de R$ 1.500,00. Um gabinete de Alzenir tem sete assessores nomeados e custou R$ 44.984,31 por mês em 2013. O outro tem 10 assessores lotados ao custo mensal de R$ 55.974,06 naquele ano.
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