Elizeu Pires
No tempo em que fora presidida pelo vereador Marcelo dos Santos Rosa, o Biriba, que não se reelegeu, a Câmara de Vereadores de Mesquita, município mais jovem da Baixada Fluminense, ficou marcada por escândalos, denúncias de irregularidades nos contratos de fornecimento e prestação de serviços, além de nomeações de assessores que teriam recebido salários sem trabalhar. O tempo passou, Biriba ficou sem mandato e o Legislativo é presidido por Saint Clair Esperança Passos, o Sancler Nininho. Porém, ao menos no quesito transparência, a “Era Biriba” não teria terminado, pois os gastos da Casa, que deveriam ser públicos, não são encontrados no que a Câmara Municipal chama de Portal da Transparência.
Quem entra no site oficial da Câmara e busca pela lista de fornecedores não consegue informação alguma. Não dá para saber quem são eles, o que fornecem, quais serviços prestam ou quanto recebem dos cofres públicos. Se a busca for feita na pasta de contratos, o interessado em fazer o controle social garantido a todo e qualquer cidadão pela Lei da Transparência, vai encontrar apenas o extrato de um termo aditivo que prorrogou, até 30 de março deste ano, contrato com o Centro Nacional de Pesquisa em Informática, sem especificação do valor e do objeto contratado.
Como as despesas da Câmara não são disponibilizadas de forma clara e objetiva no site mesquita.rj.leg.br não dá para os contribuintes mesquitenses ficarem sabendo quanto a Casa custa por mês, assim como não dá para saber a quantas andam os trabalhos da Câmara, pois não tem sido realizadas sessões presenciais nem virtuais.
De 1º de janeiro até esta quarta-feira (21-4), só foram realizada três reuniões. “Só se convoca sessão quando é para votar projetos do Poder Executivo”, diz a vereadora Ana Cristina Pelinca do Amaral de Melo, mais conhecida no município Ana Cris Gêmeas.
*O espaço está aberto para manifestação da Câmara Municipal de Mesquita.