● Elizeu Pires
Iniciada em 2014, a construção da Ponte de Integração, no Norte Fluminense, já custou R$ 94 milhões aos cofres públicos, mas nada de ficar pronta. Pior que isso: o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), apontou um superfaturamento de R$ 18,3 milhões e o governo do Rio de Janeiro ainda vai desembolsar mais dinheiro para retomar a obra, parada há mais de quatro anos.
De acordo com o que foi apurado pelo Tribunal de Contas em auditoria governamental realizada na Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER-RJ), o valor atualizado do contrato firmado com a empresa Premag Sistemas de Construções, agora é de R$ 124,5 milhões, mas ainda haverá gastos com a construção de acessos à ponte.
Segundo apurou o órgão controlador, o faturamento ocorreu na elaboração do orçamento da obra, com “preços manifestamente acima dos valores de mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes”. Devido às irregularidades a empresa vai ter que devolver R$ 16,9 milhões aos cofres públicos.
Mais R$ 46 milhões – A auditoria encontrou falhas nas medições de execução dos serviços de dragagem, tendo os funcionários DER-RJ encarregados da fiscalização do cumprimento do contrato medido “quantidades superiores às efetivamente executadas”, Por conta disso eles e o representante da Premag terão recolher R$ 1,4 milhão aos cofres do governo estadual.
No dia 7 de agosto o governador Claudio Castro esteve em São João da Barra e comunicou, ao lado da prefeita Carla Machado, a Ponte da Integração será concluída ao custo de mais R$ 34 milhões, mais R$ 12 milhões para a construção dos acessos.
Em construção sobre o Rio Paraíba do Sul, a ponte ligará os municípios de São João da Barra e São Francisco do Itabapoana, Quando entrar em operação a estrutura de 1.344 metros de comprimento, por 16,20 metros de largura, segundo o DER-RJ, vai encurtar cerca de 80 quilômetros entre as duas cidades.
*O espaço está aberto para manifestação do DER-RJ.