● Elizeu Pires
Que um projeto de poder foi arquitetado no município de Japeri visando a derrubada da prefeita Fernanda Ontiveros, e sua consequente substituição pelo vice Carlos Januário está em andamento ninguém no meio político local parece ter duvida. O esforço dos aliados do governo agora é pela identificação do tal “padrinho” mencionado pelo líder oposicionista Thiago da Silva Souza (PSC), mais conhecido no município como Thiago Careca, em conversas com outros vereadores, que acabaram vazadas por alguém que teria participado de reuniões do grupo.
Esta semana caiu no radar um empresário que seria ligado ao setor de saúde – que chegou a ser preso em maio de 2020, na Operação Favorito, no âmbito de investigações realizadas pelo Ministério Público Federal para apurar supostos pagamentos de vantagens indevidas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, deputados e outros agentes públicos.
Conforme já foi revelado, no dia 7 de abril a prefeita de Japeri recorreu à Polícia e à Câmara contra vereador, revelando que o líder do grupo estaria forçando a barra com “denunciação caluniosa”, com o objetivo de tirá-la do governo.
Na 65ª Delegacia Policial Fernanda narrou ter recebido um envelope de remetente não identificado, no interior do qual havia um pen drive com áudio do vereador Thiago. Ela narrou que a gravação revela a vontade de criar de um movimento para afastá-la do cargo, e sugere a veiculação de notícias falsas, com o objetivo de vincular o nome dela a supostas irregularidades. A prefeita registrou que o vereador teria viculado o nome dela a fatos que não ocorreram sua gestão.
Antes de ir à Polícia a prefeita protocolou uma representação na Câmara de Vereadores, na qual apontou “indícios de quebra de decoro”, citando a gravação, na qual o oposicionista diz: “Se eu fizer o movimento que envolve uma grande rede social todo mundo vai pedir (a CPI)”.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.