● Elizeu Pires
Ao que tudo indica o presidente da Câmara de Vereadores de Itaboraí, Elber Corrêa (Republicanos), não leu o romance “A Moreninha”, e muito menos deve saber quem foi Joaquim Manoel de Macedo (foto).
Pelo menos é o que sugere o fato de ele ter pedido ao prefeito da cidade, Marcelo Delalori (PL), a substituição do nome do escritor em uma escola recém-adquirida pela Prefeitura, pelo do pai, Antônio Santos da Silva.
A título de colaboração ao enriquecimento do saber do vereador, o professor, poeta, teatrólogo, jornalista, médico e político Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí no dia 24 junho de 1820, e morreu, aos 61 anos, em 11 de maio de 1882, na mesma cidade. Além disso, ele foi membro da Academia Brasileira de Letras, onde é patrono da cadeira de número 20.
O “capricho” do vereador atendido pelo prefeito repercutiu mal nas redes sociais. A justificativa para tirar o nome do escritor da ex-escola cenecista que passou integrar a rede municipal de ensino é de que o pai do presidente da Câmara foi dono de uma cerâmica, de um time de futebol e “ajudou muitas famílias”.
Em sua rede social Elber Corrêa informa que foi convidado pela direção da agora a Escola Municipal Antonio Santos Silva “para falar sobre o patrono da escola, meu saudoso pai, um homem que muito contribuiu para a cidade, principalmente para os bairros de Quissamã e Venda das Pedras”, e agradeceu ao prefeito “por atender minha solicitação em colocar o nome do meu pai”.
*O espaço está aberto para manifestação do prefeito e do presidente da Câmara de Vereadores de Itaboraí.