Programa de segurança alimentar foi lançado em novembro de 2000
● Elizeu Pires
Em novembro deste ano o programa de segurança alimentar denominado Restaurante Popular Cidadão vai completar 22 anos. Nunca recebeu tantos investimentos como nos últimos dois anos, mudou de nome para Restaurante Cidadão e foi rebatizado na gestão atual como Restaurante do Povo, mas continua sendo chamado de “Garotinho”, uma homenagem desapercebida dos usuários ao idealizador do projeto de combate à fome, o ex-governador Anthony William Matheus de Oliveira.
O primeiro “Garotinho” foi instalado na Central do Brasil, inaugurado no dia 10 de novembro de 2000, batizado de Restaurante Popular Betinho, em honra ao sociólogo Hebert de Souza, criador do projeto Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida. Ao todo, o estado do Rio de Janeiro chegou a contar com 15 restaurantes populares, unidades geridas por empresas privadas contratadas pelo governo estadual, que paga a parte maior dos pratos que são servidos a R$ 1, além do café da manhã a R$ 0,50.
Em Nova Iguaçu, por exemplo, a movimentação começa logo cedo no entorno do Viaduto Padre João Musch, onde funciona uma das unidades fechadas na gestão do governador Luiz Fernando Pezão. O Restaurante Madre Tereza de Calcutá foi inaugurado foi aberto em 2003, mas nunca foi chamado por esse nome. Por lá os usuários dizem que almoçam no “Garotinho”.
Com o nome mudado para Restaurante Cidadão na gestão do governador Sergio Cabral, o programa foi prejudicado pelo calote do governo – que parou de fazer os repasses às empresas responsáveis pela operacionalização das unidades, e várias delas foram fechadas entre 2016 e 2017 -, sendo retomado pelo governador Claudio Castro que, na última quinta-feira (29), em parceria com a Prefeitura de Belford Roxo, inaugurou mais unidade do projeto, que agora denomina-se Restaurante do Povo.