Um ano novo com a esperança de esperançar

“Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas…” (Fábio de Melo)

“Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos” (Autoria desconhecida)

Esperança, segundo Aristóteles, “é o sonho do homem acordado”, mas há quem confunda esperança com a conjugação do verbo esperar em todos os tempos e pessoas. Assim não se chega a lugar algum. Continua-se sempre à espera. A esperança é muito mais que uma das três virtudes teologais do Cristianismo, que serve para classificar os que desejam e esperam que Deus vá resolver tudo e ainda lhes dar a vida eterna. Pensar assim, não é ter esperança, é ficar esperando que do firmamento desça muito mais que chuva… Talvez o maná que os alimentem sem a necessidade do labor diário. A esperança tem de caminhar junto com a perseverança dos que dão duro no batente para construir um futuro melhor para si e os seus. Quem assim procede está esperançando e não hibernando em torno de uma crença emocional de que ao acordar vai ter resolvido seus problemas e vencidas todas as dificuldades. Ter esperança é acreditar nos esforços próprios, investir na capacidade de realizar os sonhos regando o solo com o próprio suor.

O ensaísta inglês Gilbert Keith Chesterton dizia que “o objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo” e completava: “deveríamos ter uma alma nova”. Concordo com ele e para externar isto recorro a mais um pensamento de autoria desconhecida: “Chega de velhas desculpas e velhas atitudes! Que o ano novo traga vida nova, como o rio que sai lavando e levando tudo por onde passa”.

Amigos, plantar e colher bons frutos depende apenas de nós mesmos. Além disto, a construção de um castelo começa com uma simples pedra. Então feliz ano novo, momento em que tudo pode se transformar. Até porque, como já dissera o pensador e contista maranhense Erasmo Shallkytton, “os desejos são as mais belas obras desse evento anual”.

 

 

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