● Elizeu Pires
Todos os alunos das redes municipais de ensino têm direito a material escolar, uniformes e calçados, itens que devem ser distribuídos a eles pelas prefeituras gratuitamente. A regra, entretanto, não está valendo em Queimados, cidade da Baixada Fluminense governada pelo pastor Glauco Kaizer, apontado como o pior prefeito da história do município.
É que apesar dos recursos garantidos pelo governo federal e de dois processos licitatórios que somam R$ 12,3 milhões, a quatro meses do fim do ano letivo a Secretaria Municipal de Educação ainda não entregou os kits, e, segundo alguns pais, tem criança que só recebeu um caderno até agora.
A Prefeitura marcou para o dia 21 de dezembro do ano passado o Pregão 14/21, com valor global de até R$ 7.525.803,03, tendo como objeto a aquisição de material escolar, uniformes, mochilas e estojos, “para atendimento às necessidades escolares no município de Queimados, visando a distribuição aos alunos regularmente matriculados nas unidades educacionais da rede municipal de ensino de Queimados”. O objeto definido e a extensa e burocrática justificativa, entretanto, parecem não ter valido de nada, pois pais de alunos se queixam de que nada fora entregue.
Depois do processo licitatório de dezembro de 2021 a Prefeitura anunciou outro, o 24/22, marcado para o dia 11 deste mês, com valor máximo de R$ 4.847.535,90, só para compra de uniformes, sem dar maiores explicações.
“Não estamos entendendo nada. Anunciou-se a licitação de dezembro e agora a de agosto. As coisas nessa gestão estão muito esquisitas. Como não podemos contar com a Câmara de Vereadores para nada seria bom que o Ministério Público agisse para esclarecer as coisas”, diz uma professora com mais de 20 anos de trabalho na rede. Ela revela ainda que as coisas nunca estiveram tão confusas e esquisitas” no setor de ensino do município.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados.
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