Empresas responsáveis por mão de obra nas unidades de saúde de Caxias já receberam mais de R$ 70 milhões este ano, mas profissionais contratados reclamam de salário atrasado

● Elizeu Pires

Profissionais lotados no Hospital Moacyr do Carmo se queixam de que a empresa Gaia Service nunca tem dia certo para pagar

Profissionais que atuam nas unidades municipais de saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, prestando serviços através de empresas contratadas por mais de R$ 470 milhões, vem protestando desde janeiro por conta de atrasos nos salários. Até sexta-feira (14), reclamam, o mês de fevereiro ainda não havia sido pago para muitos deles, mas conforme pode ser conferido aqui, as empresas que os contrata já receberam este ano mais de R$ 70 milhões dos cofres da Prefeitura.

Atuam na rede municipal as empresas Hygea Gestão e Saúde, Mediplus Serviços Médicos, Gaia Service e o Consórcio Prohealth, contratados pela Prefeitura para prestar serviços médicos, ofertando a mão de obra necessária, através de contratos que somam R$ 474.117,472,14 por ano. A Gaia, por exemplo – que tem contrato vigorando até junho -, segundo profissionais lotados no Hospital Municipal Moacyr do Carmo, nunca teve dia certo para pagar.

O contrato mais alto é ó da Hygea, R$ 195,6 milhões por ano. Depois vem a Mediplus, contratada por R$ 159.289.172,28. Já o Gaia Service, que também terceiriza mão de obra para as escolas do município, tem dois contratos com o Fundo Municipal de Saúde, que somam R$ 71,3 milhões, enquanto o Consórcio Prohealth teve um contrato de R$ 47.837.522,88 renovado em janeiro deste ano, por mais um período de 12 meses.

Das quatro organizações empresariais contratadas através da Secretaria Municipal de Saúde só o Consórcio Prohealth não aparece no sistema da Prefeitura com recebimentos este ano. Nele constam pagamentos no total R$ 36,2 milhões em favor da Gaia, em transferências feitas em janeiro (R$ 16.221.000,52), fevereiro (R$ 14.499.340,96) e março (R$ 5.572.433,20).

Pelo que está no sistema a Mediplus recebeu R$ 31 milhões. Foram R$ 10.886.803,20 em janeiro, R$ 10.152.171,26 em fevereiro e R$ R4 10.052.156,50 em março, enquanto para a empresa Hygea foi pago o total de R$ 3.262.268,35, sendo R$ 105.446,56 em janeiro, R$ 129.842,14 em fevereiro, R$ 2.617.694,39 em março e R$ 409.285,26 em abril.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Duque de Caxias

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Comentários:

  1. N apenas os funcionários da saúde, todos os funcionários simplesmente não sabem quando recebem há 6 anos. Os funcionários não possuem calendário de pagamento, e nada foi feito pelo ministério público, mesmo com tantas ações com relações a essas empresas (inclusive apresentadas por vocês). O ideal seria denunciar, cada vez mais, a ausência de calendário de pagamento. Pois assim o controle seria maior, e consequentemente, a cobrança também seria maior.

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