● Elizeu Pires
Inelegível e correndo atras de um indulto que o livre da cadeia por conta de uma condenação a sede anos e dois meses por crime ambiental, o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, por enquanto ainda secretário estadual de Transportes, já escolheu um sucessor, ou melhor, alguém para segurar a caneta para ele continuar escrevendo os destinos do município do qual parece acreditar mesmo ser dono.
Reis quer ver na cadeira de prefeito um sobrinho, o qual só identifica como Netinho, filho de uma de suas irmãs, apontado como pessoa certa para obedecer, ao contrário do tio Wilson, vice que ficou com a cadeira, mas não com os recursos, e que passou a dar sinais de desobediência, depois de perceber que está sentado sobre uma bomba prestes a explodir.
Até o último fim de semana Washington pensava que não teria adversário de peso em 2024. Ele, que não acredita e nunca acreditou que o presidente da Câmara de Vereadores, Celso Luiz Pereira do Nascimento, o Celso do Alba, tenha coragem de enfrentar a Família Reis nas urnas, passou a se preocupar quando o ex-prefeito José Camilo dos Santos, o Zito, colocou a cara na janela e anunciou sua pré-candidatura.
Para Washington e os seus, Celso Luiz Pereira do Nascimento, o Celso do Alba, estaria blefando quando diz que será candidato a prefeito. Lá na República de Xerém o comentário é de que Celso estaria apenas tentando valorizar o nome para ser premiado por Washington com um convite para compor a chapa da família como candidato a vice, até porque acharia que merece isso por ter passado a vida toda bajulando o chefe do clã.
“Washington não pensa que dono do município. Ele tem certeza de que é o senhor de Caxias, e que o povo vota nele e em quem indicar. Na verdade, ele vê nossa cidade como extensão de seu quintal, mas acho que dessa vez ele vai se estrepar”, acredita um político que já integrou o grupo do ex-prefeito.
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