● Elizeu Pires
Só do Fundo Municipal de Saúde Nova Iguaçu a Organização Social Instituto de Medicina e Projeto (IMP), mesmo sendo uma instituição sem dono – já que Alexandre dos Santos Abreu que consta no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica como presidente nega integrar os quadros do instituto –, já recebeu mais de R$ 100 milhões, e tem contratos de outros tantos milhões com as prefeituras de Barra Mansa, Queimados e Mesquita, mas quem controla essa instituição? Quem é seu verdadeiro dono? Quem está realmente lucrando com esses contratos?
Essas são perguntas que ecoam em busca de respostas que precisam ser dadas de forma clara e objetiva, já que se trata de uma instituição que recebe dinheiro público para gerir várias unidades de saúde e entro no radar do Ministério Público e da Polícia Federal em março, quando ganhou, sem licitação, contratos para gerir três UPAs em Nova Iguaçu.
Dos cofres públicos iguaçuanos, por exemplo, essa OS já recebeu R$ 42,8 milhões no exercício de 2023. Os pagamentos somaram R$ 28,9 milhões no ano passado, R$ 26.078 milhões em 2021 e R$ 8,6 milhões em 2020.
“OS sem dono” – O Instituto de Medicina e Projeto passou a ser chamado de “OS sem dono” depois que o homem que assina por ela ter dito em matéria veiculada pela TV Globo que não é o presidente da organização social e que sequer conhecia a instituição pela qual firmou vários contratados de gestão em municípios do estado do Rio de Janeiro
Só que dias depois de ter dito isso, Alexandre Santos Abreu voltou a assinar pela OS e justamente no município de Nova Iguaçu, onde o IMP foi contratado sem licitação através de uma esquisita emergência alegada pelo secretário municipal de Saúde Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.
Em 19 de julho deste ano Alexandre assinou um documento pedindo a desclassificação de uma OS que disputava com o IMP a seleção pública feita para contratar uma nova gestora para as UPAs Moacyr de Carvalho, Gisele Palhares e Comendador Soares, que tinham sido entregues na tal emergência ao controle do IMP.
Naquela data, oito dias depois de ter dito a um repórter da TV Globo que não era o presidente da OS, Alexandre Santos Abreu apresentou um recurso à Comissão Especial de Seleção da Secretaria Municipal de Saúde contra a habilitação da OS Instituto Multi Gestão (IMG), que disputava a licitação.